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A FORMAÇÃO DO PSIQUIATRA
O livro que tem como eixo a psiquiatria clínica, a psicanálise e a saúde mental, é dividido em três partes. A primeira, contém textos teóricos de diversos autores; a segunda, se consagrada aos testemunhos daqueles que viveram a experiência de terem sido – atuais e antigos – residentes e preceptores do IRS; e por último, temos os quadros dos formandos, ano a ano até 2018.
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A LENDA NEGRA DE LACAN
A única biografia existente sobre o maior psicanalista francês se construiu sob o pretexto da objetividade, mas continua a fazer ressoar essa lenda. Nela, sua autora Élisabeth Roudinesco, ao desconsiderar que não se deve ser o historiador da história em que se está incluído, negligencia o que Lacan dizia de si próprio e da prática a que dedicou grande parte de sua vida, deixa-se levar por sua transferência negativa em relação ao homem que conheceu primeiro socialmente e passa ao largo dos efeitos de sua clínica e de seu ensino.
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A SUPERVISÃO (CONTROLE) NA FORMAÇÃO DO PSICANALISTA
“A supervisão não se confunde com o trabalho de construção do caso clínico. Um analista praticante pode se endereçar ao supervisor movido por uma dificuldade com o diagnóstico, dificuldade que, como se sabe, tem consequências sobre a direção do tratamento. Porém, segundo uma outra perspectiva, é possível dizer que a supervisão deve incidir sobre o supervisionando, sobretudo quando a posição subjetiva deste se apresenta em dificuldade para a leitura do caso e para a consequente produção do ato analítico“.
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MUTAÇÕES DO LAÇO SOCIAL: O NOVO NAS PARCERIAS.
O tema escolhido para a XXIV Jornada da EBP-MG – Mutações do laço social: o novo nas parcerias – já nos parecia, quando foi definido em 2019, uma proposição interessante e imprescindível. Porém, em 2020, com os acontecimentos gerados pela pandemia da Covid-19, a investigação sobre as transformações contemporâneas do laço social à luz da psicanálise de orientação lacaniana se impôs no cotidiano de cada um de nós de forma ainda mais expressiva. Dentre tais mutações, talvez a mais evidente seja a transposição de todas as nossas atividades sociais para o mundo virtual. Se desejamos que num futuro breve muitas dessas atividades voltem a acontecer presencialmente, talvez possamos dizer que a imposição do isolamento social já produziu desdobramentos que deixarão marcas na maneira de a sociedade se organizar.
Este livro, fruto do trabalho de investigação realizado ao longo de um ano incomum, quando, pela primeira vez em vinte e quatro anos, a Jornada da Seção Minas da Escola Brasileira de Psicanálise aconteceu virtualmente, é um vivo testemunho do desejo decidido de fazer valer a transferência de trabalho nesses tempos adversos.
Helenice de Castro – Diretora Geral da EBP-MG
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O QUE ESSE MENINO TEM? – SOBRE ALUNOS QUE NÃO APRENDEM E A INTERVENÇÃO DA PSICANÁLISE NA ESCOLA
Este livro surgiu do desejo de divulgar possíveis ações do psicanalista no campo da Educação, mediante intervenções, propostas pela professora Ana Lydia Santiago, que se baseiam na teoria da inibição intelectual e na Clínica Pragmática, prática de aplicação da psicanálise. Tais ações visam, essencialmente, a destrinchar o sintoma do fracasso escolar ou, mais precisamente, incidir sobre formas sintomáticas que se manifestam em crianças e jovens durante a trajetória escolar e resistem a quaisquer intervenções pedagógicas implementadas, a ponto de inviabilizar, muitas vezes, a própria escolaridade.
Palavras-chave: educação, escola, psicanalise, relicario
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O TEMPO E A CURA NA CLÍNICA PSICANALÍTICA
Ao abordarmos os aspectos distintos que o tempo possui na trajetória analítica, sobretudo naquilo que envolve o singular na lógica que estabelece a experiência com o inconsciente, trazemos a investigação que implica o tempo em sua relação com a matéria, a distância e o espaço no dispositivo analítico. Trata-se de investigar, a partir das intervenções dos colegas, o tempo sobre o qual a ética da psicanálise, a rigor, se sustenta, pelo viés do manejo que precipita a ascensão de um desejo em detrimento de uma garantia da paz.
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PRIMO LEVI
SINOPSE
A leitura de Primo Levi – a escrita do trauma, é belamente marcada pela própria leitura de Lucíola sobre a operação de Levi com as letras: a de um trabalho incansável a partir da escrita e do testemunho em torno do impossível de dizer. É justamente sobre o paradoxo que se abre entre a possibilidade de se transmitir algo de uma experiência traumática – aquela que constituiu Levi sobrevivente de um Campo de Concentração nazista – e a impossibilidade de se colocar em palavras essa experiência que se sustenta na pesquisa da autora em torno da obra de Primo Levi. É justamente na tensão entre o poético e o político que Levi transmite o intransmissível.
SUMÁRIO
Prefácio – Romildo do Rego Barros
Apresentação – Antônio Teixeira
Carta ao Leitor
Abertura
- A coisa nazista e a coisa-coisa
Contos fantásticos de Primo Levi
A zona cinzenta e o difícil caminho da verdade
Os labirintos de Acteão
As raízes poéticas da zona cinzenta
- Das Ding, a Coisa freudiana
A Coisa. O vazio e o objeto de arte
Elevar o objeto à dignidade da Coisa
Extimidade
A Coisa e o problema do mal
A biopolítica e o racismo na contemporaneidade
- A escrita do trauma
A Coisa, o objeto a e o pedaço de real
Um pesadelo, um poema
A queda
Afogar-se no mar de dor: a culpa do sobrevivente
O sonho dentro do sonho, a angustia e a voz
- O vórtice e o pedaço de mal
O inferno dantesco e o canto de Ulisses
O buraco negro de Auschwitz
O abismo de um vão
Centauros, anfíbios e híbridos
O oximoro e o pedaço de real
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