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O CORPO FALANTE

X Congresso da AMP,

Rio de Janeiro 2016

303

302

ainda assim, do

sinthoma que rola

, o sinthoma com rodinhas que Joyce junta

com o outro.”

p. 15-16

“… temos apenas o equívoco como arma contra o sinthoma.”

p. 18

“Digo que é preciso supor tetrádico o que faz o laço borromeano –perversão

quer dizer apenas

versão em direção ao pai

–, em suma o pai é um sintoma, ou

um sinthoma, se quiserem. Estabelecer o laço enigmático do imaginário, do

simbólico e do real implica ou supõe a ex-sistência do sintoma. (…) Vocês têm a

possibilidade de liga-los. Com o quê? Com o sinthoma, o quarto.”

p. 21

“Quando a essa cadeia que, portanto, não constitui mais uma paranoia a não ser

que ela seja comum, a possível floculação terminal de quatro termos nessa trança

que é a trança subjetiva nos dá a possibilidade de supor que, na totalidade da

textura, haja alguns pontos eleitos que se revelam como o fim do nó de quatro.

E é de fato nisso que consiste, propriamente falando, o sinthoma.

Trata–se do sinthoma não na medida em que é ele personalidade, mas na

medida em que, em relação aos três outros, se especifica por ser sinthoma

e neurótico. Dessa forma temos um panorama do que é da ordem do

inconsciente. É na medida em que o sinthoma o especifica que há um termo

que, mais especialmente, vincula-se a ele. O termo que tem uma relação

privilegiada com o que é da ordem do sinthoma é o inconsciente.”

p. 53

“(…) Existe para na medida em que há um laço do sinthoma com alguma coisa

de particular. É na medida em que o sinthoma volta a se ligar ao inconsciente

e o imaginário se liga ao real que lidamos com alguma coisa da qual surge o

sinthoma.”

p. 53

“Com efeito, se a não-relação deriva da equivalência, a relação se estrutura na

medida em que não há equivalência. Há, portanto, ao mesmo tempo, relação

sexual e não há relação. Há relação sexual na medida em que há sinthoma,

isto é, em que o outro sexo é suportado pelo sinthoma. Permito-me dizer que

o sinthoma é, muito precisamente, o sexo ao qual não pertenço, isto é, uma

mulher. Ser uma mulher é um sinthoma para todo homem, fica absolutamente

claro que há necessidade de encontrar um outro nome para o que o homem

é para uma mulher, posto que o sinthoma se caracteriza justamente pela não-

equivalência. Pode-se dizer que o homem é para uma mulher tudo o que

quiserem, a saber, uma aflição pior que um sinthoma. (…) Trata-se mesmo de

uma devastação. Se não há equivalência, vocês são obrigados a especificar o que

concerne ao sinthoma.”

p. 98

“Penso que não se pode conceber o psicanalista de outra forma senão como um

sinthoma. Não é a psicanálise que é um sinthoma, mas o psicanalista.”

p. 131

LACAN, Jacques. Anexos: Joyce, o sintoma. In: ______.

O seminário:

o sinthoma

, livro 23 (1975 – 1976). Rio de Janeiro: Jorge Zahar,

2007. Tradução: Sergio Laia

“… ao formular esse título Joyce, o sintoma, nada menos que seu nome próprio,

aquele no qual acredito que ele se reconheceria na dimensão da nomeação.”

p. 158

“O pai, como aquele que nome e como aquele que nomeia, não é o mesmo. O

pai é esse quarto elemento (…) sem o qual nada é possível no nó do simbólico,

do imaginário e do real. Mas há outro modo de chama-lo. É nisso que o que diz

respeito ao Nome-do-Pai, no grau em que Joyce testemunha isso, eu o reviso

hoje como o que é conveniente chamar de sinthoma.”

p. 163

“(…) o inconsciente se enoda ao sinthoma, que é o que há de mais singular em

cada individuo (…).”

p. 163

II /d.2 Outros Escritos

LACAN, Jacques. Joyce, o sinthoma (1979). In: ______.

Outros

Escritos

. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. Tradução: Vera Ribeiro;

versão final Angelina Harari e Marcus André Vieira

“(…) O S.K.belo é aquilo que é condicionado no homem pelo fato de que ele

vive do ser (= esvazia o ser) enquanto tem … seu corpo: só tem, aliás, a partir

disso. Daí minha expressão falasser

[parlêtre]

que virá substituir o ICS de Freud

(inconsciente, é assim que se lê): saia daí então, que eu quero ficar aí.”

p. 560

“(…) Por seu artifício, leva as coisas a um ponto em que nos perguntamos se ele

não é o Santo, o santo homem

[saint homme]

até não ter mais p

1

. Graças a Deus,

pois é

a ele que devemos, isto é,

a esse querer que nele supomos (por sabermos

no intimo que ele não ex-siste), Joyce não é um Santo. Ele joyza demais com a

S.K.belo para isso, tem de sua arte argulharte

[art-guei/]

para dar e vender.”

p. 562

“(…) Joyce, por sua vez, nada queria ter, exceto o escabelo do dizer magistral,

e é o quanto basta para que não seja um santo homem puro e simples, e sim o

Jacques Lacan

1 Convém ressaltar a homofonia fracesa entre symptome (sintoma) e saint home

(homem santo), que, claro, não tem p. (N.E)