O CORPO FALANTE
X Congresso da AMP,
Rio de Janeiro 2016
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II /c.2 Outros Escritos
LACAN, Jacques. Radiofonia (1970). In: ______.
Outros Escritos
. Rio
de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. Tradução: Vera Ribeiro; versão final
Angelina Harari e Marcus André Vieira
“O corpo, a leva-lo a sério, é, para começar, aquilo que pode portar a marca
adequada para situá–lo numa sequência de significantes. A partir dessa marca,
ele é suporte da relação, não eventual, mas necessária, pois subtrair-se dela
continua a ser sustentá-la.”
p. 407
LACAN, Jacques. O aturdito (1972). In: ______.
Outros Escritos
. Rio
de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. Tradução: Vera Ribeiro; versão final
Angelina Harari e Marcus André Vieira
“Assim é que, do discurso psicanalítico, um órgão faz-se o significante. Aquele
que podemos dizer que se isola na realidade corporal como isca, por nela
funcionar….a) com fânero…b) a fim de servir de logro…”
p. 456
LACAN, Jacques. Televisão (1973). In: ______.
Outros Escritos
. Rio
de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. Tradução: Vera Ribeiro; versão final
Angelina Harari e Marcus André Vieira
“(…) A cura é uma demanda que parte da voz do sofredor, de alguém que sofre
de
seu corpo
ou de seu pensamento. O espantoso que haja uma resposta
e
que
em
todos
os
t
e
mpos a medicina
tenha
acertado na mo
sca
por meio de palavras.”
p. 511
LACAN, Jacques. Joyce, o sinthoma (1979). In: ______.
Outros
Escritos
. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. Tradução: Vera Ribeiro;
versão final Angelina Harari e Marcus André Vieira.
“(…) Se ele Henriscarnece do Bloom de seu devaneio, é para demonstrar que, ao
se azafamar tanto com a espátula publicitaria, o que ele enfim possui, obtendo-o
dessa maneira, não vale dizer grande coisa. Ao fazer tão barato seu próprio
corpo, ele demonstra que ‘UOM tem um corpo’ não quer dizer nada, se não
fizer todos os outros pagarem o dízimo por isso.”
p. 563
“(…) Tem razão, posto que a história nada mais é que uma fuga da qual só
se narram os êxodos. Através de seu exílio, ele sanciona a seriedade de seu
julgamento. Somente deportados participam da historia: já que o homem
tem
um corpo, e pelo corpo que se o tem. Avesso do
habeas corpus.
”
p. 565
“(…) Assim, indivíduos que Aristóteles toma como corpos podem não ser nada
além de sintomas, eles próprios, em relação a outros corpos. Uma mulher, por
exemplo, e sintoma de um outro corpo.”
p. 565
“(…) O sintoma histérico, resumo, e, para UOM, o sintoma de se interessar
pelo sintoma do outro como tal: o que não exige o corpo a corpo. O caso de
Sócrates o confirma, exemplarmente.”
p. 566
II /c.3 Outros Textos
LACAN, Jacques.
A terceira
(1974). Opção Lacaniana Nº62
,
São
Paulo, 2011. Tradução: Teresinha N. Meirelles do Prado
“O sujeito suposto saber que é o analista na transferência não é suposto
erroneamente, se sabe em que consiste o inconsciente, em ser um saber que se
articula com
lalingua
, o corpo que aí fala só está enlaçado a ele pelo real do qual
se goza.”
p. 21
LACAN, Jacques.
O fenômeno Lacaniano
. Opção Lacaniana Nº68 e
Nº69
,
São Paulo, 2014. Tradução: Teresinha N. Meirelles do Prado
“Os pretensos afetos demonstram, na verdade, apenas a afetação daqueles que
falam deles, O que constitui a emoção? Vocês acreditam que sejam as tripas que
se agitam? O que as agita? Elas agitam palavras. Não há nada que afete mais,
como se diz, aquele que qualifiquei de ser falante.”
p. 19
II /d. O sinthoma
II /d.1 Os Seminários
LACAN, Jacques.
O seminário: o sinthoma
, livro 23 (1975 – 1976).
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. Tradução: Sergio Laia
“Trata-se da falta, o sin, e é uma vantagem que meu
sinthome
comece com ele.
Em inglês, quer dizer pecado, a falta primordial. Dai a necessidade de que não
cesse a falha que sempre aumenta, exceto ao sofrer o cessa da castração como
possível.”
p. 14
“Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, o distanciamento de Joyce
quanto à política produz o que chamarei de
sint home rule
. Esse
Home rule
, o
Freemans Journal
o representava como o sol nascendo atrás do Banco da Irlanda.
Joyce, como por acaso, o faz nascer no noroeste, o que não é comum para um
nascer do sol. Mesmo considerando como esse tema range em Joyce, trata-se,
Jacques Lacan




