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    A TERCEIRA / TEORIA DE LALÍNGUA

    R$ 65,00

    Apresentação

    Roma, 1º de novembro de 1974. Jacques Lacan se dirigia aos membros da Escola Freudiana de Paris. Ele não anunciou o tema, apenas deu à sua intervenção um título enigmático, mas que iniciados entenderiam: A terceira.
    Era, de fato, a terceira vez que tomava a palavra naquela cidade. Em sua fala, aqui reproduzida na íntegra – com texto estabelecido e comentado por Jacques-Alain Miller – ele renova seu próprio ensino. É hora de lalíngua, do gozo, do nó borromeano; de trabalhar uma redefinição dos três termos que estão na base de seu ensino: o simbólico, o real e o imaginário.
    No dia seguinte, Jacques-Alain Miller – herdeiro moral de Lacan – apresenta-se na tribuna do mesmo congresso. Ele acabara de descobrir que a Escola Freudiana de Paris já não seguia verdadeiramente a orientação lacaniana. Com nova tradução para o português, Teoria de lalíngua é o registro de seu pronunciamento aos colegas psicanalistas.

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    OS MORTOS-VIVOS E A PSICANÁLISE: DOS ZUMBIS AOS ARREBATADOS PELA IMAGEM

    R$ 79,90

    Mas nada parecia antecipar o sucesso cultural e a verdadeira avalanche de zumbis na cena contemporânea, cujo emblema mais conhecido é a série televisiva The Walking Dead (2010). Em um mundo pós-apocalíptico dominado por mortos-vivos, sobreviventes precisam lutar para encontrar refúgio. A Cultura se espraiou para todo lado. Uma visita rápida a uma loja de jogos em um shopping center da cidade comprova: não existe mais nenhum jogo de ameaça extraterrestre, agora as crianças se divertem atirando em zumbis, quer dizer, matando o que já está morto, num jogo virtualmente infinito. O drama edípico de Skywalker ou os desafios neuróticos do Dr. Spock parecem não mais ter lugar no mundo que saltou das telas para as ruas.

    Os mortos-vivos estão não apenas nas ruas, nas cracolândias, mas também nos divãs. Enquanto o guloso Pac-Man se drogava com pílulas, nas quais ainda impera uma certa economia do prazer-desprazer dose-dependente (o prazer subitamente se transforma em desprazer, o remédio se torna ameaça, o feitiço se volta contra o feiticeiro), os mortos-vivos contemporâneos usam crack e seus subprodutos, rompendo completamente essa economia. Não há drama edípico, nem lógica neurótica do retorno do recalcado, nem transformação econômica do prazer em desprazer. Estamos diante de um novo tipo de subjetividade, com seus regimes próprios de satisfação e suas formas próprias de não fazer laço.

    O livro de Henri Kaufmanner é uma leitura aguda da contemporaneidade e dos modos de produção de corpos que lhe são característicos. O ângulo a partir do qual o autor aborda o problema é não apenas inédito, como extremamente fecundo: o olhar, ou, mais precisamente, a experiência segregativa de não-ser-visto. Segundo suas próprias palavras: “O que estaria em jogo onde o olhar não alcança, quando não se está enquadrado no campo das imagens, que, diante da luz do mundo, acabam se constituindo a partir do espelho do Outro? É nesse estranhamento inenarrável que localizamos a presença da morte em vida” (p. 11)

    Os zumbis escancaram a lógica contemporânea de uma forma de gozo infinito, não dialetizável, opaco ao olhar. Não por acaso, fornecem a figura e o fundo de problemas aparentemente apartados uns dos outros: os craqueiros, o racismo, os muçulmanos nos campos de concentração nazistas. Em todos esses casos, Kaufmanner descobre a ausência absoluta da função do semblante, o que implica em corpos arrebatados, habitando um mundo sem sombras. Tal como “os homens feitos às pressas” do Presidente Schreber, vagamos, todos e cada um de nós, em um mundo sem espelhos e sem anteparos.

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    CLÍNICA DO EXCESSO – DERIVAS PULSIONAIS E SOLUÇÕES SINTOMÁTICAS NA PSICOPATOLOGIA CONTEMPORÂNEA

    R$ 95,00

    Apresentação do autor Domenico Cosenza

    Este livro recolhe, nos diversos escritos que o compõem, a nova orientação que tem norteado meu trabalho nos últimos anos no campo da psicanálise aplicada à psicopatologia contemporânea – orientação que assumiu a forma e o nome de “clínica do excesso”. Essa fórmula, que dá título a este livro, se impôs à medida que se desenvolvia o meu discurso sobre as chamadas novas formas do sintoma, no caminho aberto por Lacan e articulado mais tarde por seus alunos mais engajados nesse campo da psicopatologia contemporânea. Trata-se, portanto, de uma leitura, de uma interpretação, que chegou a certo ponto do seu desenvolvimento, a partir de um percurso de pesquisa de trinta anos nesta área.

    O meu último livro, La comida y el inconsciente: Psicoanálisis y trastornos alimentarios, lançado em 2018, faz uma ponte entre os meus principais trabalhos sobre a clínica da anorexia – em particular em El muro de la anorexia (2008) e A recusa na Anorexia (publicado no Brasil em 2018 e originalmente lançado em 2014) – e o que estou apresentando a vocês hoje: nas conclusões da minha última obra já anuncio claramente a direção atual da minha pesquisa.

    Este livro é composto por quatro partes, unidas entre elas por uma unidade fundamental de inspiração, mas que também podem ser lidas independentemente umas das outras. Quatro significantes foram colocados como guias para cada uma delas: excesso, adolescência, anorexia (e mais amplamente transtornos alimentares) e filiação.

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    O FEMININO NO EXTRAVIO DO FALO

    R$ 65,90

    Este novo livro da Coleção Almanaque do Instituto de Psicanálise e Saúde Mental de Minas Gerais reúne trabalhos apresentados nas diversas atividades realizadas no IPSM-MG em 2020, ano em que sua então diretoria propôs como tema aos Núcleos da Seção Clínica e à Diretoria de Ensino a investigação sobre o gozo feminino, em consonância com o XXIII Encontro Brasileiro do Campo Freudiano – O feminino infamiliar: dizer o indizível.

    A ideia desta publicação decorreu do fato de tais trabalhos localizarem distintas articulações com esse modo de gozo suplementar ao gozo fálico, conforme o leitor encontrará nas seções que compõem esta obra. Se o gozo ligado ao falo é marcado pela falta, pelo “menos”, o gozo não todo fálico foi formalizado por Lacan como não limitado, exterior ao simbólico, gozo de um corpo que se torna Outro para o próprio sujeito.

    Os textos reunidos neste O feminino no extravio do falo, portanto, se servem do dispositivo teórico e clínico sobre o feminino elaborado por Freud, Lacan, Miller e por outros autores do Campo Freudiano para percorrer seus diferentes desdobramentos, como a relação do feminino ao infamiliar, ao amor e seus correlatos, a erotomania e a devastação, para esclarecer a diferença entre o feminino e o empuxo à mulher, além de, servindo-se desse conceito lacaniano, contribuir com uma nova leitura sobre algumas questões da clínica contemporânea, tais como as adicções, e os estudos de gênero. Ademais, a literatura e o cinema são valiosos instrumentos em muitos dos textos aqui presentes, contribuindo para iluminar um pouco mais o que Freud designou como “o continente negro da psicanálise”.

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    A BATALHA DO AUTISMO: DA CLÍNICA À POLÍTICA

    R$ 87,90

    Por que se referir assim à questão, por que a batalha do autismo? Porque a identificação e o “diagnóstico” do autismo geram muitas polêmicas. Porque a expressão é recorrente nos depoimentos de pais de autistas sobre seu cotidiano de obstáculos. Porque, não menos importante, o tratamento do autismo opõe partidários de uma linha cientificista e defensores de uma abordagem relacional inspirada na psicanálise. Reconhecido internacionalmente, o psicanalista francês Éric Laurent aborda todas essas batalhas, respaldado por uma longa experiência clínica e ativa colaboração teórica. Essa edição conta ainda com uma seção especial revelando os pontos de aproximação entre a realidade brasileira e o atual estado de coisas analisado pelo autor.

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    A PSICOSE ORDINÁRIA – A CONVENÇÃO DE ANTIBES

    R$ 120,00

    Na história da psicanálise, o livro se interessa pela psicose, por aqueles que realmente ‘arrebentavam’. A obra busca trazer psicóticos mais modestos, que reservam surpresas, mas que podem se fundir num tipo de média – a psicose compensada, a psicose suplementada, a psicose não desencadeada, a psicose medicada, a psicose em terapia, a psicose em análise, a psicose que evolui, a psicose sintomatizada, por assim dizer.

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    O AUTISMO, ENTRE ALÍNGUA E A LETRA

    R$ 120,00

    “Comecemos por essa pergunta que Lacan se faz em A terceira que você destaca em seu livro: “como é possível que de alíngua se precipite uma letra? […]
    De fato, a linguagem privada é um testemunho, por excelência, da construção de uma borda específica, entre o sujeito e o Outro com o qual tem que se haver. Esses fenômenos originais testemunham sobre o encontro com o banho de alíngua no qual o sujeito está imerso, em todas as suas variedades. O sujeito se extrai de alíngua comum apoiando-se na repetição da inscrição de palavras no corpo. O sujeito não está feito para comunicar-se, mas para incluir-se no mundo de forma autoerótica. E são os percursos que o sujeito fará que permitirão a ele obter essa inclusão no mundo.
    Os casos clínicos que estão incluídos nesse livro, são exemplos vivos de como opera, em nossa orientação, o parceiro analítico do sujeito autista, seja criança ou adulto. Fica, para o leitor, poder ler o que, no encontro terapêutico, se escreveu em uma cessão de gozo.”

    Prólogo
    Éric Laurent

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    AMORES LOUCOS. A DEVASTAÇÃO MATERNA E NAS PARCERIAS AMOROSAS

    R$ 55,00

    Para Freud, a devastação estaria relacionada ao destino do falo na menina. Lacan avança mais além dessa articulação fálica, ao perceber que o falo não satura o campo do gozo na sexualidade feminina. O termo devastação aparece como consequência da inexistência de um significante que defina A mulher. Neste livro, o depoimento de um passe e a análise de um romance literário revelam algumas possíveis saídas para a devastação, no caso de qualquer sujeito que se depare com a ausência do significante d’A mulher.

    Palavras chaves: gozo fálico, gozo feminino, devastação, parcerias amorosas

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    A TRANSMISSÃO DA PSICANÁLISE NO INSTITUTO: A EXPERIÊNCIA DO CLIN-A

    R$ 59,90

    “Uma Escola de psicanálise é o lugar precípuo da formação do analista, da psicanálise em intensão ou da psicanálise propriamente dita, como afirma Lacan no Ato de fundação, ao estabelecer a Seção de Psicanálise Pura. O Instituto do Campo Freudiano, criado a partir da Escola, é o lugar da extensão da psicanálise, ou seja, de sua aplicação em cursos, em núcleos de pesquisas, na prática clínica, em seminários, no trabalho com outras instituições, prioritariamente hospitais, por meio da apresentação de pacientes e supervisões”.

    Maria do Carmo Dias Batista

    “Uma das vias que se apresentou para o desenvolvimento da proposta do CLIN-a foi a criação de uma clínica que pudesse fazer laço com outros discursos que gravitam em torno do sofrimento psíquico: a medicina, a psiquiatria, a saúde mental, os dispositivos jurídicos, a educação, a cultura e as artes. Não sabíamos muito bem como propor uma clínica que pudesse se articular com essas áreas e a proposta encaminhava-se para uma prática não standard, justamente para propiciar o intercâmbio.”

    Rômulo Ferreira da Silva

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    A SUPERVISÃO (CONTROLE) NA FORMAÇÃO DO PSICANALISTA

    R$ 65,90

    “A supervisão não se confunde com o trabalho de construção do caso clínico. Um analista praticante pode se endereçar ao supervisor movido por uma dificuldade com o diagnóstico, dificuldade que, como se sabe, tem consequências sobre a direção do tratamento. Porém, segundo uma outra perspectiva, é possível dizer que a supervisão deve incidir sobre o supervisionando, sobretudo quando a posição subjetiva deste se apresenta em dificuldade para a leitura do caso e para a consequente produção do ato analítico“.

     

     

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    A DROGA DO TOXICÔMANO

    R$ 65,90

    UMA PARCERIA CÍNICA NA ERA DA CIÊNCIA.

    O enfoque psicanalítico das relações que o toxicômano estabelece com a droga situa-se no encontro de uma variada gama de problemas e impasses conceituais, em que o debate sobre sua delimitação como uma categoria clínica dotada de especificidade própria se destaca de maneira decisiva.
    Palavras-chave: toxicomania, psicanalise, relicário, drogas, clínica.