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AGENTE Nº 19
[…] há algo a aprender com o fato de que o sentido
escape. Não escapa só porque sejamos tolos. A fuga
tem a ver com o que é o sentido. Escapar, fugir, é a
maneira de ser própria do sentido.[…] parece-me que a aposta de Lacan neste texto é
dizer que a fuga do sentido, seu escapismo, é um
real. Podemos tocá-lo, mas não logramos sua fuga.
Há um real quando há resistência, algo impossível
de mudar. Associamos a ideia, o sentido de real, com
a imobilização, com estar em um ponto e não se mover.
Mas aqui, o que não muda é a fuga, a fuga é uma
coisa imóvel e inamovível: é um real. Parece-me que
o esforço de Lacan é pensar o real a partir da fuga,
dessa fuga. A fuga é o real do sentido. É a maneira
como experimentamos na linguagem o impossível
da relação com o sentido. Nós o experimentamos
através disto que não se capta, que não se deixa fixar.[…]
[…] A fuga do sentido demonstra a função do “não-
-todo” na linguagem.Miller, J.-A. Sobre a fuga do sentido (1994).
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OPÇÃO LACANIANA Nº 55
SOBRE O LIVRO
ÍNDICE
E D I T O R I A I S
3 Alicia Arenas – O inconsciente-utensílio
5 Marcus André Vieira – EditorialO R I E N TA Ç Ã O L A C A N I A N A
7 Jacques-Alain Miller – O passe e as Escolas
15 Como alguém se torna psicanalista na orla do século XXI
23 “São os acasos que nos fazem ir a torto e a direito”
35 O inconsciente e o sinthomaO A N A L I S T A S E M B L A N T E
45 Eric Laurent – O analista, semblante do objeto aO A N A L I S TA E O S S E M B L A N T E S
55 Ana Lydia Santiago – O analista e o semblante de saber, 55
61 Leonardo Gorostiza – O arco-íris do gozo, 61
67 Jorge Forbes – Não tenho a menor idéia, 67PA S S E E S E M B L A N T E
73 Ana Lucia Lutterbach Holck – O analista, a mulher e o arco-írisF I N S D E A N Á L I S E
77 Antoni Vicens – Do cinismo à ironia
93 Lilany Vieira Pacheco – Miséria banal, ao fi nal de uma análise?T R A Ç O S D A C O N T E M P O R A N E I D A D E
99 José Rambeau – Clínica das periculosidades
111 Cristiana Pitella de Mattos – Anorexia: dois problemas, duas soluções
119 Sandra Espinha – Transferência e responsabilidade
125 Mônica Bueno de Camargo – “Pai, não vês que estou queimando?”131 A B S T R A C T S
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CURINGA 48
INDICE
CARTAS NA MESA
10 O nó dos três círculos: o AP, o AME e o Passe
Elisa Alvarenga
INTERNACIONAL
18 Urgência: palavra sob a pressão de satisfação
Fernando Casula
20 Urgência e satisfação
Christiane Alberti
TRANSITORIEDADE: O TEMPO E O SONHO EM ANÁLISE
46 Nota ligeira sobre a “Transitoriedade”
Gilson Iannini
50 Transitoriedade (1916)
Sigmund Freud
54 Que tempo para a psicanálise?
Graciela Bessa
64 Do inconsciente atemporal à precipitação do tempo na sessão analítica
Maria Jose Gontijo Salum
73 Três considerações sobre o manejo do tempo na sessão analítica
Simone Souto
79 A urgência na experiência analítica
Laura Rubião
87 Tempo, trauma e acontecimento
Lúcia Grossi
93 Não se desperta jamais do sonho
Jésus Santiago
103 Sonho e inconsciente real
Ram Mandil
110 Onde não vês, Isso mostra
Henri Kaufmanner
RESSONÂNCIAS DO PASSE
124 O sonho: da transferência ao ultrapasse
Fabián Fajnwaks
139 Finalizar e arrematar
Sérgio Laia
EXTIMIDADES
150 Introdução à conversa com Daniel Jablonski
Frederico Feu de Carvalho
152 O sonho louco: conversa com Daniel Jablonski
SUPERVISÃO: EFEITOS DE FORMAÇÃO
176 O controle do analista praticante
Sérgio de Campos
RADAR
186 O repúdio à feminilidade
Patrick Monribot
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AGENTE Nº 18
Recolher no duplo sentido da palavra. Eis o propósito da Agente 18 que vocês têm entre as mãos. Colhe os frutos do trabalhado em 2018 na Seção Bahia da EBP e reúne intimamente o que de outro modo permaneceria disperso. Também nos servimos do sentido dicionarizado de deixar o lugar onde se estava, para ir abrigar-se, ficar sozinho num local privado, íntimo. A intimidade opaca da vida de momentos de vida da Seção Bahia nesse objeto êxtimo que oferecemos para vocês leitores.
Agente n.18 Revista da Seção Bahia da Escola Brasileira de Psicanálise, 2019.
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CARTA DE SÃO PAULO – ANO 27 – Nº1 – 2020
9 Editorial
Solidão
13 – Argumento das IX Jornadas da EBP-SP – Solidão : Daniela de Camargo Barros Affonso.
19 – Abertura das IX Jornadas da EBP-SP – Solidão : Valéria Ferranti
Segregação e Solidão
23 – Segregação sem outros? – Lucíola Freitas de Macêdo.
40 – Sobre a solidão hiperconectada – Rodrigo Lyra Carvalho.
Solidão e Feminino
48 – Mulheres desejantes – Marie-Hélène Brousse
59 – Heterotismo – Vazio, um modo de gozar no feminino : Marie Hélène Brousse.
Solidões Lacanianas
82 – Do isolamento à solidão – Philippe La Sagna.
94 – Construir a Solidão? – Mônica Bueno de Camargo.
101 – A Solidão do um – Alberto Murta.
106 – Tempo de Solidão – Gustavo Oliveira Menezes.
112 – Um Laço êxtimo: solidão com laço. Sobre o ato analitico e a garantia – Maria Clara Holguin.
Traços da Solidão da Clínica e na Pólis
130 – A solidão e as soluções do falasser – Eliane Costa Dias.
136 – O muro do isolamento nos casos contemporâneos – Fabiola Ramon.
143 – Do DSM aos Diagnósticos Solitários (pós)Modernos: o isolamento da compreensão diagnóstica psiquiátrica e as zonas fronteiriças da solidão – Fabricio Donizete da Costa.
149 – Platão e Lacan: encontro de verdade na solidão – Maria Bernardette Soares de Santa’Anna Pitteri.
Aluviões da Solidão na Literatura
155 – “Homens sem mulheres” – Elisa Alvarenga.
160 – Três mulheres e suas soluções para a solidão – Blanca Musachi.
166 – O barco embriagado de Rimbaud – solidão e errância do poeta : Rosangela C.Castro Turim.
171 – A solidão do escrito(r): sobre Amós Oz e as palavras – Antonio Alberto Peixoto de Almeida.
177 – Pascal Quignard: entre o que escapa e o que não se realiza – a solidão na ponta da língua – Teresinha N. Meirelles do Prado.
183 – O Koan e a solidão do Sinthoma – Fátima Pinheiro.
Solidão e Ato na Prática Lacaniana
189 – “Precisava desse resto de solidão” – Solidão e passagem ao ato – Maria do Carmo Dias Batista.
197 – Ato Psicanalítico – Tempo de “Um dizer” ou a dimensão política do ato. – Luiz Fernando Carrijo da Cunha.
204 – Solidão e ato na prática lacaniana – comentários – Jésus Santiago.
215 – Solidão e ato na prática analítica – Maria Cecília Galletti Ferretti.
222 – Solidão na prática analítica – Jorge Forbes.
227 – A solidão conquistada antes – Rômulo Ferreira da Silva.
236 – A solidão do ato analítico… na prática – Comentários – Clara María Holguin.
Ensino do Passe: solidão e final de análise
245 – Caso S1 – Sujeito, saber, satisfação…solidão – Sandra Arruda Grostein.
253 – Comentários e interlocuções do passe de Sandra Arruda Grostein – Marie-Hélène Brousse.
259 – No compasso da solidão – Maria Josefina Sota Fuentes.
266 – Comentários e interlocução do passe de Maria Josefina Sota Fuentes – Marie-Hélène Brousse.
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CURINGA 47
INDICE
CARTAS NA MESA
10 O mestre, não todo
Fernanda Otoni Brisset
INTERNACIONAL
18 Há apenas isso: o laço social
Christiane Alberti
O AVESSO DO MESTRE CONTEMPORÂNEO: CLÍNICA LACANIANA
30 O mito individual da psicose
Antonio Beneti
40 “Eurídice duas vezes perdida”
Elisa Alvarenga
47 Transferência e acontecimento de corpo: suposto-saber-ler de outra forma
Jésus Santiago
61 O sintoma e o lugar da fala na psicanálise
Laura Rubião
67 O inconsciente à flor da pele, ou a carne das palavras
Lucíola Freitas de Macedo
76 Ethos trolling, fake news e capitalismo
Maria Rita Guimarães
82 O mestre contemporâneo e o analista
Ram Mandil
90 Interpretação: a heresia do analista
Sérgio Laia
106 Como conceber a transferência na clínica do Um que dialoga sozinho?
Simone Souto
EXTIMIDADES
120 Entrevista com João Moreira Salles
142 Três figuras do mestre grego antigo
Teodoro Rennó Assunção
SUPERVISÃO: EFEITOS DE FORMAÇÃO
158 O que a experiência da supervisão me ensina?
Fernanda Otoni Brisset
167 O que a experiência da supervisão me ensina?
Helenice de Castro
RESSONÂNCIAS DO PASSE
176 Crer no sintoma
Fernando Vitale
185 A iteração do S1 na solução do final de análise: comentário ao Passe de Fernando Vitale
Ana Lydia Santiago
RADAR
194 Momentos de crise
Gil Caroz
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