LIVROS NACIONAIS

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    AMORES LOUCOS. A DEVASTAÇÃO MATERNA E NAS PARCERIAS AMOROSAS

    R$ 55,00

    Para Freud, a devastação estaria relacionada ao destino do falo na menina. Lacan avança mais além dessa articulação fálica, ao perceber que o falo não satura o campo do gozo na sexualidade feminina. O termo devastação aparece como consequência da inexistência de um significante que defina A mulher. Neste livro, o depoimento de um passe e a análise de um romance literário revelam algumas possíveis saídas para a devastação, no caso de qualquer sujeito que se depare com a ausência do significante d’A mulher.

    Palavras chaves: gozo fálico, gozo feminino, devastação, parcerias amorosas

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    O SILÊNCIO DOS AUTISTAS: UM ESTUDO PSICANALÍTICO SOBRE O MODO PARTICULAR DE ESTAR NA LINGUAGEM

    R$ 58,00

    Sob a perspectiva da psicanálise, buscamos realizar nessa obra uma investigação teórica dos fenômenos de linguagem nos autistas a partir de autores que ofereceram contribuições importantes nesse campo, visando extrair propostas que possam ajudar no trabalho de inclusão escolar desses sujeitos.

    Observa-se que o número de crianças com diagnóstico de autismo matriculados no ensino regular tem aumentado consideravelmente nos últimos anos e que muitos apresentam sérias dificuldades de comunicação. Argumentamos que, se a educação pode produzir efeitos positivos e promover o desenvolvimento da linguagem em alguns casos de autismo, em outros, a imposição ou a exigência radical em relação à fala pode ser muito angustiante ou mesmo devastadora e levar os autistas a um fechamento ainda maior.

    A psicanálise, amparada na especificidade do saber inconsciente e na relação singular que cada sujeito estabelece com a linguagem, permite que se possa abordar as dificuldades dessas crianças a partir de suas particularidades e do respeito a seus limites.

    Jacques Lacan nos dá uma indicação preciosa quando insiste, não sobre o mutismo, mas sobre a vertente “verbosa” dos autistas apontando que, se esses sujeitos não falam, não é por incapacidade, mas por uma recusa radical em utilizar sua voz. O fenômeno das “frases espontâneas”, já observado por vários clínicos e sempre experimentado como algo enigmático, vem corroborar de maneira inequívoca esse fato.

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    A TRANSMISSÃO DA PSICANÁLISE NO INSTITUTO: A EXPERIÊNCIA DO CLIN-A

    R$ 59,90

    “Uma Escola de psicanálise é o lugar precípuo da formação do analista, da psicanálise em intensão ou da psicanálise propriamente dita, como afirma Lacan no Ato de fundação, ao estabelecer a Seção de Psicanálise Pura. O Instituto do Campo Freudiano, criado a partir da Escola, é o lugar da extensão da psicanálise, ou seja, de sua aplicação em cursos, em núcleos de pesquisas, na prática clínica, em seminários, no trabalho com outras instituições, prioritariamente hospitais, por meio da apresentação de pacientes e supervisões”.

    Maria do Carmo Dias Batista

    “Uma das vias que se apresentou para o desenvolvimento da proposta do CLIN-a foi a criação de uma clínica que pudesse fazer laço com outros discursos que gravitam em torno do sofrimento psíquico: a medicina, a psiquiatria, a saúde mental, os dispositivos jurídicos, a educação, a cultura e as artes. Não sabíamos muito bem como propor uma clínica que pudesse se articular com essas áreas e a proposta encaminhava-se para uma prática não standard, justamente para propiciar o intercâmbio.”

    Rômulo Ferreira da Silva

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    OFÍCIO DO PSICANALISTA II: POR QUE NÃO REGULAMENTAR A PSICANÁLISE

    R$ 60,00

     “FORMAÇÃO DO ANALISTA, LEI, INCONSCIENTE, ÉTICA DA PSICANÁLISE”

    Esse livro é resultado do trabalho de luta contra a regulamentação da psicanálise, cujo início se deu no ano de 2000. São quatorze trabalhos das dezoito instituições que compõem o “Movimento Articulação das Entidades Psicanalíticas Brasileiras”, acompanhados de documentos importantes que fizeram parte desse processo, tais como cartas, resoluções, e outros registros. Quanto aos artigos, portanto, eles obedecem a algo inédito na história do movimento psicanalítico até então: orientações psicanalíticas institucionais diversas reunidas em torno de algo comum – manter a psicanálise fora dos ideais políticos e religiosos.

    Essa batalha continua, e, tal como a formação do analista, parece que será permanente.

                                                                                                                                                 Samyra Assad.

     

     

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    VARIANTES DA NEUROSE TIPO OU A DEFESA NA ATUALIDADE DA CLÍNICA PSICANALÍTICA

    R$ 60,00

    A investigação que este livro apresenta teve início a partir do acompanhamento de casos clínicos. Os fenômenos sintomáticos localizados nesses casos, apontam para a existência de uma defesa primária que não resultou em um sintoma propriamente dito, portanto, não estaríamos diante da ação do recalque. Foi possível situar o encontro de Freud com formas de manifestação da subjetividade na neurose que não respondiam a fórmula da neurose até então estabelecida por este.
    Como a direção da pesquisa nos levou a explorar o que seriam esses fenômenos sintomáticos, retomamos o conceito de defesa na obra freudiana e sua implicação na constituição das neuroses, o que nos forneceu vários elementos que parecem corroborar a existência de quadros neuróticos, sem um sintoma como resultado da defesa. Verificamos a existência de uma clínica da neurose aquém do recalque presente já na obra freudiana.
    Logo, foi possível ainda situar as variantes da neurose tipo como similares, em estreito parentesco em termos de sua constituição, com a problemática do caráter
    formulada por Freud e desenvolvida pelos pós-freudianos com as chamadas por eles “neuroses de caráter”. Além da problemática apresentada pela noção de caráter, a formulação freudiana a respeito das neuroses atuais também evidenciou o encontro de Freud na clínica com essas variantes. O recalque não é o mecanismo próprio as mesmas.
    O inconsciente em Lacan como lugar do Outro, da outra cena se contrapõe a uma outra leitura, aquela do autismo do inconsciente que fala uma só e mesma coisa a não ser que o analista toque nesse ponto inicial, a defesa! No final de seu ensino, Lacan redefiniu o inconsciente como um falar só e sempre a mesma coisa. O próprio inconsciente é uma defesa contra o real, seja ele estruturado como uma linguagem ou um falar autístico.
    O caráter e a defesa sem recalque apontariam para essa manifestação do inconsciente na sua dimensão real ou de letra, que nos conduz para a discussão do
    inconsciente transferencial ao inconsciente real. Ou seja, o debate clínico que se iniciou nos anos 1920 com a neurose de caráter encontraria seu ponto de chegada na redefinição do inconsciente como real ou do inconsciente como letra. Nas neuroses atuais, na neurose de caráter, nas variantes da neurose tipo
    poderíamos dizer que o sujeito viveria o apogeu do inconsciente como um solilóquio.
    Constatamos que a defesa ressurge assim como ponto incontornável na experiência analítica. A indicação lacaniana de perturbar a defesa (1977) como estratégia analítica para que se possa sair do autismo do inconsciente e, de acordo com Miller (2012), desmontar essa defesa construindo assim uma nova montagem pulsional, são indicações que apontam para a importância do conceito de defesa para a prática psicanalítica em sua atualidade. A perturbação e desmontagem da defesa, visando a uma nova montagem são estratégias indispensáveis para o manejo com as variantes da neurose tipo. Nesses casos, o analista funcionaria como “ajuda-contra” (1975-2005), e essa ajuda seria orientada contra o gozo sem limites, tal como vemos hoje tão nitidamente em alguns
    sujeitos.
    Ao chegarmos ao final desta investigação, podemos verificar que ela teve origem no encontro com questões clínicas, tanto na prática institucional, como na
    clínica em consultório. Buscamos ainda evidenciar as implicações teóricas que elas geraram, principalmente na concepção de inconsciente e, em consequência, na direção do tratamento. Essas são algumas observações, desejamos que outras surjam e impulsionem novas pesquisas e perguntas.

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    CINEMA E PSICANÁLISE – UMA HOMENAGEM A STELLA JIMENEZ

    R$ 60,00

    “Minha proposta, neste livro, é falar dos impasses, paradoxos, contradições e reversões do labiríntico universo humano, muitas vezes ilustrados, revelados nos filmes. Assim, ao logo destas páginas, convido você, leitor, a assistir comigo a algumas sessões de cinema para descobrirmos, juntos, o que a magia desta sétima arte tem a nos ensinar.”

    Stella Jimenez

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    O INCONSCIENTE É A POLÍTICA

    R$ 60,00

    A psicanálise é um novo tratamento das paixões feito pela manipulação dos significantes, que revela o simbólico em sua natureza de semblante, ou seja, em sua impossibilidade de articular-se com alguma referência…

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    O ANALISTA E O ESTILO

    R$ 60,00

    Lacan inicia seu texto de apresentação dos Escritos com a frase do Conde de Buffon: “o estilo é o homem” para em seguida criticá-la, pois a noção de inconsciente não faz do homem uma referência tão segura assim. Acompanhando os desdobramentos dessa frase no texto, ele propõe que acrescentemos ai noção de Outro ao ligar o estilo ao endereçamento, ou seja, o estilo é o homem a quem nos endereçamos. Então, o estilo não é mais ligado ao homem cujo pensamento dá a certeza de seu ser tal qual a lógica cartesiana, mas articulado à alteridade, uma vez que é do Outro que recebemos nossa mensagem de forma invertida. Mas o endereçamento não esgota a questão do estilo e para chegar à definição de que “é o objeto que responde à pergunta sobre o estilo” se vale do conto de Edgar Alain Poe, A carta roubada, “pois deciframos aqui na ficção de Poe a divisão onde se verifica o sujeito pelo fato de um objeto o atravessar sem que eles em nada se penetrem, divisão que se encontra no princípio do que se destaca, no fim desta coletânea sob o nome de objeto a”. Portanto, ali onde Buffon coloca o homem, Lacan coloca o objeto a que na constituição do sujeito, efeito da cadeia significante, é o que cai como resto, inassimilável ao simbólico. Sabemos que o objeto a tanto é causa de desejo como também um resto de gozo. Como pensar o estilo articulado a essas duas vertentes do objeto?

     

    Graciela Bessa

    Diretora de Biblioteca da Escola Brasileira de Psicanálise