LIVROS NACIONAIS

  • (0)

    ENTRE O GOZO E O DESEJO: UMA LEITURA DO SEMINÁRIO A ANGÚSTIA, DE JACQUES LACAN

    R$ 88,00

    O livro de Elisa Alvarenga, que chega agora às nossas mãos, é fruto de uma leitura minuciosa do Seminário 10, que vem nos revelar a arquitetura mencionada por
    Jacques-Alain Miller tanto desse Seminário específico, proferido nos anos 1962-1963, em relação aos demais, quanto também seus giros internos que levam à invenção de um saber movido pela mola do vazio.
    Valendo-se muitas vezes dos mesmos personagens que se lançam numa nova aventura, Jacques-Alain Miller chega a comparar os Seminários de Lacan às séries
    televisivas tão em voga hoje em dia, das quais estamos sempre aguardando a próxima temporada. Porém, com o Seminário 10, se a aventura continua, há ali, como nos esclarece Elisa, a entrada de um novo participante que produzirá toda uma reviravolta na trama. Localizando o contexto em que surge a temporada 10 da série de Seminários, a autora nos lembrará a conjuntura político-institucional que faz Lacan investigar o tema da angústia. […] Lacan dará uma virada em seu ensino introduzindo a noção do objeto a, esse objeto heterogêneo ao significante, que surge como extração corporal. (Excerto da apresentação).

    Helenice de Castro

  • (0)

    FAMILIAS EM TERRADOIS – 1ª EDIÇÃO

    R$ 93,00

    Se há uma herança digna da paternidade é a de que nem tudo se explica, não porque não se queira, mas, simplesmente, por ser impossível.

    Aos olhos dos filhos, os olhos dos pais estão embaçados da saudade; aos olhos dos pais, os olhos dos filhos estão iludidos do futuro.

    É na insatisfação da família que cada um lapida o que lhe falta.

    O amor dos pais é o amor que suporta a diferença ou a igualdade dos filhos, amando-os bem além dos bons ou dos maus motivos.

    Se tirarmos a responsabilidade de cada um frente às suas emoções está aberto o caminho para o infortúnio geral.

    Afinal, as mais importantes coisas da vida não se compreendem, a começar pela declaração: Eu te amo!

  • (0)

    INCONSCIENTE E RESPONSABILIDADE: PSICANÁLISE DO SÉCULO XXI

    R$ 85,00

    ?[…] O inconsciente do qual vamos tratar é aquele que leva o ser falante a responsabilizar-se pela invenção de seu estilo singular de usufruir de seu corpo e de sua vida. No discurso da psicanálise difundida nos meios de comunicação, responsabilidade e inconsciente não são termos que aparecem conjugados, chegando a ser considerados excludentes. Assim, a responsabilidade estaria associada à consciência plena e onde houvesse inconsciência não poderia haver responsabilidade. Diante de um ato que cometeu – voluntária ou involuntariamente – e sobre o qual estranha a própria participação, é comum a pessoa dizer: ?Só se foi o meu inconsciente?. No século xxi, o psicanalista que acredita no inconsciente irresponsável não trata o sintoma e não cura. É urgente considerar a responsabilidade pelo que é inconsciente, pois já não podemos mais contar com as ficções – tais como a do mito paterno – que, até o século passado, nos permitiam escapar, dizendo: ?Foi por causa de papai?. Também a clínica psicanalítica, por essas mesmas razões, atravessa um novo momento. [?]? – Trecho da Introdução

  • (0)

    INVESTIGAÇÕES LACANIANAS SOBRE AS PSICOSES – KIT VOL 1 E 2

    R$ 150,00

    O livro “Investigações lacanianas sobre as psicoses” de Sérgio de Campos, resulta de sua experiência de mais de 30 anos com as psicoses, sob as diretrizes da psiquiatria clássica e da psicanálise de orientação lacaniana.

    “Este livro, então, é dirigido, principalmente, aos ‘profissionais de psicanálise’, a quem Sérgio de Campos adverte com um conselho situado na página 135: ‘… deveriam habilitar-se para detectar esses sujeitos, com finalidade de conduzi-los com maior delicadeza na direção do tratamento’. Nesse sentido, o livro cumpre o propósito a que veio, pois, além da prática clínica aqui testemunhada, comporta um compilado de lições transmitidas por Sérgio de Campos nos seminários ofertados ao público composto por psicanalistas e alunos em formação na Escola Brasileira de Psicanálise, que ora adquire um formato mais acabado.

    Por fim, creio que, da organização composta por Sérgio de Campos, desponta novos conceitos e paradigmas extraídos do último ensino de Lacan – que considera uma clínica orientada pelo Real -, fundamentais para a prática contemporânea, na qual o saber fazer com o corpo se integra ao ato analítico”. – Trecho da Apresentação, por Fernando Casula.

    “Trata-se de um trabalho intenso e extenso, com centenas de referências bibliográficas lidas e estudadas. Que fôlego e desejo de saber, a serviço da transmissão da psiquiatria clínica e da psicanálise, no campo da psicose, sendo esse não escolhido aleatoriamente, mas, sim, devido à importância do trabalho clínico com os psicóticos, sobretudo hoje, quando inundam os consultórios dos psicanalistas e dos psiquiatras, além das internações em Instituições psi.

    Em sua leitura atenta, minuciosa e eticamente rigorosa, Sérgio de Campos avança no percurso de Lacan. […] O autor percorre todos os textos e as elaborações teórico-clínicas de Lacan ao longo de seu ensino. do femenológico ao estrutural, ao Discurso e ao topológico do Nó de B, para depois nos propor uma ‘direção do tratamento possível’ para as psicoses nume clínica sob transferência”. – Trecho do Prefácio, por Antônio Beneti.

  • (0)

    JANELA DA ESCUTA O ADOLESCENTE ESPECIALISTA DE SI E A TESSITURA DE UMA REDE SOB MEDIDA

    R$ 94,00

    Lê-se aqui uma proposta a esse corpo multiforme que é uma cidade, desde o coração da mesma, permitindo uma reconexão com o desejo a partir de uma abordagem interdisciplinar, na qual se coloca o adolescente no centro do dispositivo, com a ideia de que não há nenhum saber especializado para elucidar o que lhe acontece.(…) Uma proposta na medida do sujeito, aquilo que nossa cultura de especialistas, de saberes técnicos e de mercados rechaça: uma verdadeira proposta em ato, de tratamento para o mal-estar do nosso tempo

  • (0)

    LACAN CHINÊS – PARA ALÉM DAS ESTRUTURAS E DOS NÓS

    R$ 64,90

    Ganhador do Prêmio Jabuti em 2016, na categoria Psicologia, Psicanálise e Comportamento, Lacan chinês nos mostra que a clínica lacaniana sempre esteve, desde sua aurora, além da estrutura e do matema. No seio de um bairro burguês da capital francesa e de suas bases ditas eurocentradas, no interior de um pensamento marcado pela forte presença da filosofia alemã de Hegel e de Heidegger, Cleyton Andrade nos faz descobrir a escrita e a poética chinesa. Como se o caminho mais curto de Paris a Viena passasse, necessariamente, pelas muralhas da China, atravessadas pela poesia e pela letra.

    A presente edição, revista e ampliada, contém textos inéditos, indispensáveis a uma psicanálise do século XXI. A obra conta com textos complementares de Gilson Iannini, Antônio Teixeira, Christian Dunker e Fabian Fajnwaks.

  • (0)

    MAIS ALEM DO GENERO: O CORPO ADOLESCENTE E SEUS SINTOMAS

    R$ 75,00

    SINOPSE

     

    O Observatório da Criança e do Adolescente – OCA reúne três núcleos de pesquisa vinculados a programas de pós-graduação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Núcleo de Investigação Clínica do Hospital Universitário da UFMG (HC-UFMG). O objetivo da constituição desse Observatório foi de poder compartilhar as investigações realizadas nestes núcleos sobre temas diversos que envolvem a condição da criança e do adolescente no mundo contemporâneo, sob o enfoque da psicanálise. Nesta perspectiva, Ana Lydia Santiago, Cristiane de Freitas Cunha, Cristina Vidigal, Libéria Neves e Nádia Laguárdia de Lima constituíram um Cartel – Rumo à adolescência. No âmbito deste primeiro Cartel OCA, foram promovidos encontros periódicos que geraram estudo, interlocução interdisciplinar, produção de artigos e a organização do Colóquio Mais além do gênero: o corpo adolescente e seus sintomas, em maio de 2016, auspiciado pelo Instituto de Psicanálise e Saúde Mental de Minas Gerais (IPSM-MG), pelo Centro Interdisciplinar de Estudos sobre a Criança (CIEN) e pelo Centro de Pesquisa sobre a Criança no Discurso Analítico (CEREDA). Os núcleos que integram o OCA se pautam pela psicanálise e reivindicam a orientação lacaniana na prática da extensão e da pesquisa/intervenção, que busca não apenas constatar um problema, mas modificá-lo, de forma a favorecer a inclusão e o laço social para os sujeitos implicados nas investigações. Assim, contemplam as dimensões da pesquisa e da extensão, mas também se dedicam à vertente do ensino, a partir de entrevistas e discussão coletivizada de casos, construções de casos e sua publicação volta das para a formação de professores e de futuros profissionais das áreas da saúde, psicologia e educação.

  • (0)

    MEDICINA EM TERRADOIS – 1ª EDIÇÃO

    R$ 93,00

    O vírus vai passar; nossa relação com o intangível, não. Nenhum “novo normal” vai tapar o buraco da incompletude humana.

    É fácil constatar que “quando começa a vida” é uma data dependente de uma convenção, não de uma prova científica.

    Quem já não inventou um sofrimento conhecido, diante do terrível sofrimento de um sintoma desconhecido, para aplacar a dúvida?

    Cada um de nós chora ou sorri por detalhes irrelevantes aos olhos dos outros.

    Psicanálise e psiquiatria não se somam, mas podem e devem se articular, no benefício do tratamento da dor de existir.

    Paradoxalmente, sabemos cada vez mais e conhecemos cada vez menos.

  • (0)

    MEMÓRIAS PERDIDAS NO TEMPO, MEMÓRIAS ESCRITAS NO CORPO: PSICANÁLISE E PRÁTICAS DA LETRA

    R$ 29,99

    Produto vendido pela AMAZON

    Um traço perpassa essa publicação, organizada por Ana Lucia Lutterbach e Bruna M. Guaraná, junto a uma comissão: a insistência em investigar e registrar, mesmo na impossibilidade dos encontros presenciais, o que relança à vida e à escrita.

    Diante da pandemia da Covid-19 – que marcou o ano de 2020, continuando nesse 2021, e alterou o modo como nos reuníamos, no ICP, em torno das pesquisas dos Núcleos e Unidades de Pesquisa –, o desafio de encontrar o jeito de fazer foi aceito por cada um. E aqui há um testemunho dos achados do Núcleo Práticas da Letra, em torno de sua busca por uma escrita que dê lugar ao real.

    Interessante é acompanhar como cada texto se erige em torno desse ponto, o que nos faz retomar o que relança a pesquisa no ICP: que cada participante, do momento em que esteja de sua formação, possa ser tomado a compartilhar, entre a causa que mobiliza a pesquisa do Núcleo, e a que o mobiliza em seu desejo, seus preciosos e únicos achados, o que faz uma composição poder acontecer como evento único, que não se repete.

    O que se apresenta aqui ressoa com a publicação anterior2: a pergunta por uma escrita que contemple o real continua, com outros elementos e referências em jogo, adentrando, em cada volta a mais da pesquisa, um aspecto que não faz desaparecer o que vem antes, mas o incorpora para que não se perca o real em jogo, e que não se chegue a uma resposta – que não há. E cada autora e autor, tanto aqui como na primeira publicação, não se perde em um coletivo, mas pulsa, dando de si, algo a mais que faz um arremate, e não um todo.

    Recebemos esta iniciativa do Práticas da Letra, que registra seu percurso de investigação no ano de profundos reviramentos, com o entusiasmo de quem aprende com as adversidades que fazem furo no funcionamento habitual. E não se trata disso mesmo no que concerne ao coração da psicanálise?

  • (0)

    O ANALISTA E O ESTILO

    R$ 60,00

    Lacan inicia seu texto de apresentação dos Escritos com a frase do Conde de Buffon: “o estilo é o homem” para em seguida criticá-la, pois a noção de inconsciente não faz do homem uma referência tão segura assim. Acompanhando os desdobramentos dessa frase no texto, ele propõe que acrescentemos ai noção de Outro ao ligar o estilo ao endereçamento, ou seja, o estilo é o homem a quem nos endereçamos. Então, o estilo não é mais ligado ao homem cujo pensamento dá a certeza de seu ser tal qual a lógica cartesiana, mas articulado à alteridade, uma vez que é do Outro que recebemos nossa mensagem de forma invertida. Mas o endereçamento não esgota a questão do estilo e para chegar à definição de que “é o objeto que responde à pergunta sobre o estilo” se vale do conto de Edgar Alain Poe, A carta roubada, “pois deciframos aqui na ficção de Poe a divisão onde se verifica o sujeito pelo fato de um objeto o atravessar sem que eles em nada se penetrem, divisão que se encontra no princípio do que se destaca, no fim desta coletânea sob o nome de objeto a”. Portanto, ali onde Buffon coloca o homem, Lacan coloca o objeto a que na constituição do sujeito, efeito da cadeia significante, é o que cai como resto, inassimilável ao simbólico. Sabemos que o objeto a tanto é causa de desejo como também um resto de gozo. Como pensar o estilo articulado a essas duas vertentes do objeto?

     

    Graciela Bessa

    Diretora de Biblioteca da Escola Brasileira de Psicanálise

  • (0)

    O ARREBATAMENTO DE LOL V. STEIN: 5

    R$ 65,90
    O arrebatamento de Lol V. Stein (1964) é um dos romances mais célebres de Marguerite Duras. Tão enigmático quanto terreno fértil de interpretações, entusiasmou e motivou Jacques Lacan a escrever, em 1965, um texto em sua homenagem, posfácio da presente edição. Ele diz: “arrebatadora é Marguerite Duras, e nós, os arrebatados”. Duras emprega nesta obra todo o seu talento para descrições poéticas e insólitas a partir de sua protagonista, Lola Valérie Stein, cuja vida psíquica é irrevogavelmente transformada durante um baile, no qual ela presencia seu noivo dançar com uma mulher de corpo longilíneo para, em seguida, abandoná-la aos olhos de todos. Dez anos depois, um homem assumirá a narração de sua história traumática, trazendo à linguagem a fragilidade entre as fronteiras de luz e sombra, passado e presente, delírio e lucidez.
  • (0)

    O AUTISMO, ENTRE ALÍNGUA E A LETRA

    R$ 120,00

    “Comecemos por essa pergunta que Lacan se faz em A terceira que você destaca em seu livro: “como é possível que de alíngua se precipite uma letra? […]
    De fato, a linguagem privada é um testemunho, por excelência, da construção de uma borda específica, entre o sujeito e o Outro com o qual tem que se haver. Esses fenômenos originais testemunham sobre o encontro com o banho de alíngua no qual o sujeito está imerso, em todas as suas variedades. O sujeito se extrai de alíngua comum apoiando-se na repetição da inscrição de palavras no corpo. O sujeito não está feito para comunicar-se, mas para incluir-se no mundo de forma autoerótica. E são os percursos que o sujeito fará que permitirão a ele obter essa inclusão no mundo.
    Os casos clínicos que estão incluídos nesse livro, são exemplos vivos de como opera, em nossa orientação, o parceiro analítico do sujeito autista, seja criança ou adulto. Fica, para o leitor, poder ler o que, no encontro terapêutico, se escreveu em uma cessão de gozo.”

    Prólogo
    Éric Laurent

  • (0)

    O FEMININO NO EXTRAVIO DO FALO

    R$ 65,90

    Este novo livro da Coleção Almanaque do Instituto de Psicanálise e Saúde Mental de Minas Gerais reúne trabalhos apresentados nas diversas atividades realizadas no IPSM-MG em 2020, ano em que sua então diretoria propôs como tema aos Núcleos da Seção Clínica e à Diretoria de Ensino a investigação sobre o gozo feminino, em consonância com o XXIII Encontro Brasileiro do Campo Freudiano – O feminino infamiliar: dizer o indizível.

    A ideia desta publicação decorreu do fato de tais trabalhos localizarem distintas articulações com esse modo de gozo suplementar ao gozo fálico, conforme o leitor encontrará nas seções que compõem esta obra. Se o gozo ligado ao falo é marcado pela falta, pelo “menos”, o gozo não todo fálico foi formalizado por Lacan como não limitado, exterior ao simbólico, gozo de um corpo que se torna Outro para o próprio sujeito.

    Os textos reunidos neste O feminino no extravio do falo, portanto, se servem do dispositivo teórico e clínico sobre o feminino elaborado por Freud, Lacan, Miller e por outros autores do Campo Freudiano para percorrer seus diferentes desdobramentos, como a relação do feminino ao infamiliar, ao amor e seus correlatos, a erotomania e a devastação, para esclarecer a diferença entre o feminino e o empuxo à mulher, além de, servindo-se desse conceito lacaniano, contribuir com uma nova leitura sobre algumas questões da clínica contemporânea, tais como as adicções, e os estudos de gênero. Ademais, a literatura e o cinema são valiosos instrumentos em muitos dos textos aqui presentes, contribuindo para iluminar um pouco mais o que Freud designou como “o continente negro da psicanálise”.

  • (0)

    O INCONSCIENTE É A POLÍTICA

    R$ 60,00

    A psicanálise é um novo tratamento das paixões feito pela manipulação dos significantes, que revela o simbólico em sua natureza de semblante, ou seja, em sua impossibilidade de articular-se com alguma referência…

  • (0)

    O SILÊNCIO DOS AUTISTAS: UM ESTUDO PSICANALÍTICO SOBRE O MODO PARTICULAR DE ESTAR NA LINGUAGEM

    R$ 58,00

    Sob a perspectiva da psicanálise, buscamos realizar nessa obra uma investigação teórica dos fenômenos de linguagem nos autistas a partir de autores que ofereceram contribuições importantes nesse campo, visando extrair propostas que possam ajudar no trabalho de inclusão escolar desses sujeitos.

    Observa-se que o número de crianças com diagnóstico de autismo matriculados no ensino regular tem aumentado consideravelmente nos últimos anos e que muitos apresentam sérias dificuldades de comunicação. Argumentamos que, se a educação pode produzir efeitos positivos e promover o desenvolvimento da linguagem em alguns casos de autismo, em outros, a imposição ou a exigência radical em relação à fala pode ser muito angustiante ou mesmo devastadora e levar os autistas a um fechamento ainda maior.

    A psicanálise, amparada na especificidade do saber inconsciente e na relação singular que cada sujeito estabelece com a linguagem, permite que se possa abordar as dificuldades dessas crianças a partir de suas particularidades e do respeito a seus limites.

    Jacques Lacan nos dá uma indicação preciosa quando insiste, não sobre o mutismo, mas sobre a vertente “verbosa” dos autistas apontando que, se esses sujeitos não falam, não é por incapacidade, mas por uma recusa radical em utilizar sua voz. O fenômeno das “frases espontâneas”, já observado por vários clínicos e sempre experimentado como algo enigmático, vem corroborar de maneira inequívoca esse fato.

  • (0)

    O SOFRIMENTO PSÍQUICO DE JOVENS NO ESPAÇO UNIVERSITÁRIO

    R$ 64,00

    Conforme se pode ler no prefácio feito por Nohemi Brown, “As propostas apresentadas no livro são uma aposta que, como toda aposta, não é sem riscos, mas sobre a qual não é possível se retrair. Trata-se de preservar no seio da instituiçao universitaria um espaço para a singularidade do sujeito. A partir da psicanálise, os relatos nestes textos são marcados pelos trabalhos com o sofrimento subjetivo afastrados de uma abordagem padronizada e protocolar que exclui o sujeito”

  • (0)

    OS MORTOS-VIVOS E A PSICANÁLISE: DOS ZUMBIS AOS ARREBATADOS PELA IMAGEM

    R$ 79,90

    Mas nada parecia antecipar o sucesso cultural e a verdadeira avalanche de zumbis na cena contemporânea, cujo emblema mais conhecido é a série televisiva The Walking Dead (2010). Em um mundo pós-apocalíptico dominado por mortos-vivos, sobreviventes precisam lutar para encontrar refúgio. A Cultura se espraiou para todo lado. Uma visita rápida a uma loja de jogos em um shopping center da cidade comprova: não existe mais nenhum jogo de ameaça extraterrestre, agora as crianças se divertem atirando em zumbis, quer dizer, matando o que já está morto, num jogo virtualmente infinito. O drama edípico de Skywalker ou os desafios neuróticos do Dr. Spock parecem não mais ter lugar no mundo que saltou das telas para as ruas.

    Os mortos-vivos estão não apenas nas ruas, nas cracolândias, mas também nos divãs. Enquanto o guloso Pac-Man se drogava com pílulas, nas quais ainda impera uma certa economia do prazer-desprazer dose-dependente (o prazer subitamente se transforma em desprazer, o remédio se torna ameaça, o feitiço se volta contra o feiticeiro), os mortos-vivos contemporâneos usam crack e seus subprodutos, rompendo completamente essa economia. Não há drama edípico, nem lógica neurótica do retorno do recalcado, nem transformação econômica do prazer em desprazer. Estamos diante de um novo tipo de subjetividade, com seus regimes próprios de satisfação e suas formas próprias de não fazer laço.

    O livro de Henri Kaufmanner é uma leitura aguda da contemporaneidade e dos modos de produção de corpos que lhe são característicos. O ângulo a partir do qual o autor aborda o problema é não apenas inédito, como extremamente fecundo: o olhar, ou, mais precisamente, a experiência segregativa de não-ser-visto. Segundo suas próprias palavras: “O que estaria em jogo onde o olhar não alcança, quando não se está enquadrado no campo das imagens, que, diante da luz do mundo, acabam se constituindo a partir do espelho do Outro? É nesse estranhamento inenarrável que localizamos a presença da morte em vida” (p. 11)

    Os zumbis escancaram a lógica contemporânea de uma forma de gozo infinito, não dialetizável, opaco ao olhar. Não por acaso, fornecem a figura e o fundo de problemas aparentemente apartados uns dos outros: os craqueiros, o racismo, os muçulmanos nos campos de concentração nazistas. Em todos esses casos, Kaufmanner descobre a ausência absoluta da função do semblante, o que implica em corpos arrebatados, habitando um mundo sem sombras. Tal como “os homens feitos às pressas” do Presidente Schreber, vagamos, todos e cada um de nós, em um mundo sem espelhos e sem anteparos.

  • (0)

    PESO-PLUMA

    R$ 150,00

    Os pássaros são a principal inspiração de “Peso-pluma”, livro que une poemas e fotografias de Yolanda Vilela.
    Mais do que o encontro com os pássaros, existe o encontro com a Natureza, na região de Brumadinho-MG. Em tempos de desastres e pequenos apocalipses que nos atolam na lama, encontramos, na leveza dos pássaros e em seu voo, inspiração para admirar a beleza, que se é efêmera e desperta cuidados, tem poder para renascer das próprias cinzas, como a Fênix.

  • (0)

    REAVIDA E ESCRITA: NOTAS DE UMA PSICANALISTA

    R$ 35,00

    “Ao ler Reavida e escrita: notas de uma psicanalista, somos convidados a entrar na intimidade literária de sua autora. Uma intimidade de palavras que tocam o corpo daquele que lê. Escrita e psicanálise se entrelaçam numa leitura viva, e os ensinamentos sobre o desejo do analista, o gozo feminino, o percurso de uma análise, o Sinthoma e a fantasia, dentre outros conceitos, aparecem de forma fluida e envolvente. A escrita poética que dá voz ao livro nos leva a seguir em frente. É um livro que se lê inteiro, mesmo que aos pedacinhos.”

    Ana Tereza de Faria Groisman

  • (0)

    RUÍDOS E SILÊNCIOS DA VIDA CONFINADA

    R$ 77,00

    A pandemia entrou em nossas vidas com o roteiro já escrito por Hollywood. Desde a moda dos disaster movies dos anos 70, não há um ano que a terra não seja destruída por cometas, terremotos, vírus e zumbis. Sem uma narrativa própria do horror, iniciamos a pandemia projetando nossos piores pesadelos no mundo existente no outro lado da porta. Rapidamente muitos hábitos mudaram, as casas passaram a ter suas portas manchadas pelo álcool e água sanitária, houve um boom dos serviços delivery e das vendas de produtos para home office. As redes sociais também mudaram. As selfies desapareceram, passamos ao mundo das lives, novo modo de mostrar que o corpo ainda está vivo. Custou um tempo para compreender que teríamos que inventar nosso próprio fim de mundo, sem trilhas sonoras, sem letreiros no fim nem grandes heróis. Nossos heróis dessa vez não morreram de overdose, morreram à deriva, abandonados por políticas que se afastaram da conversação democrática.