LIVROS NACIONAIS

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    A VIOLÊNCIA – SINTOMA SOCIAL DA ÉPOCA

    R$ 89,50

    Muitas vezes, a violência nos surpreende e nos leva a interrogar a radicalidade de sua irrupção. Passando ao largo da indignação ou da condenação, este livro trata a violência como um impasse próprio da civilização, sobre o qual tem muito que aprender. Para tal, psicanalistas das três Escolas da AMP (Associação Mundial de Psicanálise), nas Américas – Escola Brasileira de Psicanálise, Escuela de la Orientacion Lacaniana e Nueva Escuela Lacaniana se reuniram para tratar desse tema nos seus países. Além deles, o psicanalista francês, Éric Laurent, contribui com uma entrevista sobre as manifestações da pulsão de morte e suas consequências. Os textos foram publicados nas línguas originais dos autores.

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    ENTRE O GOZO E O DESEJO: UMA LEITURA DO SEMINÁRIO A ANGÚSTIA, DE JACQUES LACAN

    R$ 88,00

    O livro de Elisa Alvarenga, que chega agora às nossas mãos, é fruto de uma leitura minuciosa do Seminário 10, que vem nos revelar a arquitetura mencionada por
    Jacques-Alain Miller tanto desse Seminário específico, proferido nos anos 1962-1963, em relação aos demais, quanto também seus giros internos que levam à invenção de um saber movido pela mola do vazio.
    Valendo-se muitas vezes dos mesmos personagens que se lançam numa nova aventura, Jacques-Alain Miller chega a comparar os Seminários de Lacan às séries
    televisivas tão em voga hoje em dia, das quais estamos sempre aguardando a próxima temporada. Porém, com o Seminário 10, se a aventura continua, há ali, como nos esclarece Elisa, a entrada de um novo participante que produzirá toda uma reviravolta na trama. Localizando o contexto em que surge a temporada 10 da série de Seminários, a autora nos lembrará a conjuntura político-institucional que faz Lacan investigar o tema da angústia. […] Lacan dará uma virada em seu ensino introduzindo a noção do objeto a, esse objeto heterogêneo ao significante, que surge como extração corporal. (Excerto da apresentação).

    Helenice de Castro

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    SCILICET TODO MUNDO É LOUCO

    R$ 70,00

    PREFÁCIO

    “Todo mundo é louco” – esta proposição de Lacan deu seu título ao XIV Congresso da Associação Mundial de Psicanálise. Ela ressoa, antes de tudo, com a reivindicação igualitária que domina o mundo contemporâneo. Impelida às suas consequências, ela implica excluir toda noção de normalidade, assim como condena qualquer relação assimétrica entre aquele que se ocupa do tratamento e o paciente.

    É verdade que a clínica de Lacan, na última parte do seu ensino, de- mole em seus fundamentos a referência ao normal, à saúde mental. Este aforismo, Todo mundo é louco, ou seja, delirante, surgiu uma só e única vez na escrita de Lacan, em um texto publicado na revista Ornicar? que temos o prazer de oferecer aqui para sua leitura. Jacques-Alain Miller alçou esse aforismo à categoria de princípio de uma clínica que afirma a inadequação radical entre o real e o mental.

    Essa segunda clínica de Lacan amplia o conceito de sintoma, herdado de Freud, ao incluir nele, de forma essencial, esses restos sintomáticos que subsistem no final da análise e que conduziram Freud a levar em conta uma parte ineliminável do sintoma. Por essa razão, Lacan chamou de o sinthoma, na antiga ortografia restituída por ele – s.i.n.t.h.o.m.a -, aquilo que é propriamente o nome do incurável. Com efeito, o sinthoma nomeia o que não mudará, aquilo do qual nunca seremos curados, pois é precisamente isso o que fundamenta nossa existência, vale dizer, aquilo em que nos sus- tentamos na vida, nosso modo de gozar radicalmente singular.

    Em certo sentido, Lacan antecipou, portanto, as consequências da ideologia contemporânea do igualitarismo universal, as quais tomam a forma de uma despatologização generalizada. Hoje, de fato, é a própria clínica que, no seu conjunto, é posta em questão, sempre suspeita de promover categorias segregativas.

    Quer isto dizer que a psicanálise é um fenômeno de civilização em perfeita sintonia com o movimento do mundo?

    Não. Em oposição aos preconceitos ideológicos atuais que desconceitualizam a clínica e tendem a apostar na vontade dos sujeitos, em meio à negação do inconsciente, a despatologização lacaniana não apaga ases truturas clínicas e, pelo contrário, ressalta as arestas do modo de gozo. Aqui, a clínica não é visada por si mesma, mas serve de instrumento para orientar-se na interpretação pelo princípio do método analítico,

    As contribuições reunidas neste volume, frutos de uma elaboração sustentada em um pequeno grupo que Lacan chamou de cartel, examinam, um a um, uma a uma, a um só tempo, os fundamentos conceituais e as consequências na prática e na clínica da proposição a ser estudada. Sob a coordenação de Gustavo Stiglitz, vinte e três cartéis, cento e doze psicanalistas, sete responsáveis de edição, para além das línguas e dos países, trabalharam nos textos preparatórios para o XIV Congresso da AMP, dirigido por Gil Caroz e Ligia Gorini.

    À sua maneira, esses textos demonstram que se a psicanálise resiste ao movimento da civilização aqui evocado, é em nome da prática analítica que de fato existe e cuja oferta merece durar por muito tempo. Sim, a psicanálise é uma práxis que, muito além do seu valor terapêutico, vale como causa de um desejo inédito.

    Christiane Alberti

    Presidente da AMP

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    O ARREBATAMENTO DE LOL V. STEIN: 5

    R$ 65,90
    O arrebatamento de Lol V. Stein (1964) é um dos romances mais célebres de Marguerite Duras. Tão enigmático quanto terreno fértil de interpretações, entusiasmou e motivou Jacques Lacan a escrever, em 1965, um texto em sua homenagem, posfácio da presente edição. Ele diz: “arrebatadora é Marguerite Duras, e nós, os arrebatados”. Duras emprega nesta obra todo o seu talento para descrições poéticas e insólitas a partir de sua protagonista, Lola Valérie Stein, cuja vida psíquica é irrevogavelmente transformada durante um baile, no qual ela presencia seu noivo dançar com uma mulher de corpo longilíneo para, em seguida, abandoná-la aos olhos de todos. Dez anos depois, um homem assumirá a narração de sua história traumática, trazendo à linguagem a fragilidade entre as fronteiras de luz e sombra, passado e presente, delírio e lucidez.
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    A MULHER: NASCER DE UM MAL-ENTENDIDO

    R$ 80,00
    “PARA LACAN, A INVESTIGAÇÃO DA SEXUALIDADE FEMININA ERA UMA QUESTÃO PRELIMINAR A TODO TRATAMENTO POSSÍVEL COM CRIANÇAS.”
    (LAURENT, 2007, P. 14).

    Esta citação de Éric Laurent esclarece bem o título deste Seminário que coordeno na Escola Brasileira de Psicanálise – Seção-Rio, desde 2016, quando iniciamos com o tema Corpo, sintoma e gozo na clínica com crianças e adolescentes.

    Nessa sua tese, Laurent (2007) sublinha o que Lacan (1969/2003) destaca em seu retorno a Freud: a criança ocupa um lugar de condensador de gozo para a mãe, como mulher. Do lado da mãe, é preciso investigar – o que ela faz com sua sexualidade, para além do gozo, fálico, experimentado na maternidade, via criança? O que ela faz, como mulher, com o gozo feminino? Por isso, Psicanálise com crianças e sexualidade feminina. Eu não poderia encontrar melhor título para a proposta deste Seminário.

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    LACAN CHINÊS – PARA ALÉM DAS ESTRUTURAS E DOS NÓS

    R$ 64,90

    Ganhador do Prêmio Jabuti em 2016, na categoria Psicologia, Psicanálise e Comportamento, Lacan chinês nos mostra que a clínica lacaniana sempre esteve, desde sua aurora, além da estrutura e do matema. No seio de um bairro burguês da capital francesa e de suas bases ditas eurocentradas, no interior de um pensamento marcado pela forte presença da filosofia alemã de Hegel e de Heidegger, Cleyton Andrade nos faz descobrir a escrita e a poética chinesa. Como se o caminho mais curto de Paris a Viena passasse, necessariamente, pelas muralhas da China, atravessadas pela poesia e pela letra.

    A presente edição, revista e ampliada, contém textos inéditos, indispensáveis a uma psicanálise do século XXI. A obra conta com textos complementares de Gilson Iannini, Antônio Teixeira, Christian Dunker e Fabian Fajnwaks.

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    AMOR & GOZO: MAIS, AINDA

    R$ 70,00

    Este livro chega até o leitor não apenas como um excelente roteiro de leitura de um dos mais importantes seminários de Lacan, mas também como um acontecimento político, ou seja, como efeito de um gesto mais amplo, que se traduz por um verdadeiro esforço de transmissão da psicanálise, levando às últimas consequências a fase final do ensino de Lacan. Esse gesto ganha corpo a partir de um movimento de decantação, a ser expresso por algumas questões fundamentais: para que serve a psicanálise no mundo atual? Como cernir suas consequências clinicas e epistêmicas para além de seus próprios conceitos de base o Édipo, a estrutura parental, o Nome-do-Pai? Como fazê-la pertencer a uma época cuja fluidez generalizada muitas vezes implica uma recusa do domínio da interpretação? Como ancorá-la, conservando, ao mesmo tempo, seu germe de subversão frente aos discursos que compõem as engrenagens tentaculares do mestre contemporâneo? [Excerto da Apresentação]

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    A MORTE DE SI

    R$ 75,00

    Unindo uma escuta de três décadas na clínica analítica a uma fina leitura de Freud e Lacan, e atravessando a literatura, o cinema, a filosofia e os estudos sobre suicídio, A morte de si é sobre o conflito que inventa nossas existências, a luta entre Thanatos e Eros que levamos a cabo até o último minuto.

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    COMO TERMINAM AS ANÁLISES

    R$ 143,00

    Este volume reúne 37 escritos de Jacques-Alain Miller, nunca antes publicados em livro. Todos dizem respeito à invenção de Lacan mais polêmica entre seus alunos: a prática do passe, solidária a uma definição original do psicanalista. Como terminam as análises propõe-se a elucidar a questão, seus fundamentos, desdobramentos e paradoxos.

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    O SILÊNCIO DOS AUTISTAS: UM ESTUDO PSICANALÍTICO SOBRE O MODO PARTICULAR DE ESTAR NA LINGUAGEM

    R$ 58,00

    Sob a perspectiva da psicanálise, buscamos realizar nessa obra uma investigação teórica dos fenômenos de linguagem nos autistas a partir de autores que ofereceram contribuições importantes nesse campo, visando extrair propostas que possam ajudar no trabalho de inclusão escolar desses sujeitos.

    Observa-se que o número de crianças com diagnóstico de autismo matriculados no ensino regular tem aumentado consideravelmente nos últimos anos e que muitos apresentam sérias dificuldades de comunicação. Argumentamos que, se a educação pode produzir efeitos positivos e promover o desenvolvimento da linguagem em alguns casos de autismo, em outros, a imposição ou a exigência radical em relação à fala pode ser muito angustiante ou mesmo devastadora e levar os autistas a um fechamento ainda maior.

    A psicanálise, amparada na especificidade do saber inconsciente e na relação singular que cada sujeito estabelece com a linguagem, permite que se possa abordar as dificuldades dessas crianças a partir de suas particularidades e do respeito a seus limites.

    Jacques Lacan nos dá uma indicação preciosa quando insiste, não sobre o mutismo, mas sobre a vertente “verbosa” dos autistas apontando que, se esses sujeitos não falam, não é por incapacidade, mas por uma recusa radical em utilizar sua voz. O fenômeno das “frases espontâneas”, já observado por vários clínicos e sempre experimentado como algo enigmático, vem corroborar de maneira inequívoca esse fato.