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    LOS PSICOANALISTAS Y EL DESEO DE ENSEÑAR

    R$ 95,00

    ¿Para qué y por qué habría que enseñar? ¿Por qué habría que enseñar lo que el psicoanálisis enseña? ¿Por qué no decir que es imposible, que el análisis es de lo singular y que solamente vale para uno solo, que eso que no se transmite más que como resonancia, como efecto de afecto, mucho menos se enseña?

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    MONÓLOGO COMPARTIDO CON LA LOCURA

    R$ 75,00

    Monólogo compartido con la locura le permite a Guy Briole abordar la locura desde una perspectiva única que trasciende los límites convencionales, no limitándose a una visión clínica o sociológica, sino que explora las múltiples facetas y expresiones de la locura en diversos contextos. Su lectura es la de un psicoanalista orientado por la enseñanza de Lacan.

    Así, delimita claramente que su esencia trasciende la mera categorización de la enfermedad mental, y a pesar de los avances científicos y el pensamiento racional predominante en las culturas occidentales, plantea que la locura conserva un ámbito que se resiste a ser completamente asimilado por estos, persistencia de un elemento inasible, una libertad inherente que no se somete a las normativas sociales ni científicas, manifestándose en un discurso no regulado por otros. Pero además, más allá de una simple clasificación médica, la locura revela aspectos únicos de la persona, marcando una diferencia en su manera de pensar, actuar y razonar. Desde la más sutil hasta la más intensa, cada variante escapa al pleno alcance de la psiquiatría, que puede atenuar sus síntomas más evidentes pero no tocar su núcleo. Permite a cada individuo una forma particular de interactuar con el mundo, utilizando el lenguaje de maneras que abarcan lo cotidiano y lo poético, lo literario y lo lírico. Así, la locura se sustrae al dominio de la medicina y la psiquiatría, cuya autoridad es delegada por la sociedad para etiquetar a los “locos”, pero sin poder aprehender completamente su verdadera naturaleza.

    En cada sección de este monólogo compartido con la locura, Guy Briole ofrece una nueva perspectiva, a través de relatos de casos de su práctica y reflexiones que ilustran la diversidad y singularidad de cada uno de ellos, desafiando las ideas preconcebidas y abriendo caminos a una comprensión más profunda y matizada de lo que denominamos, genéricamente, “locura”.

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    O SILÊNCIO DOS AUTISTAS: UM ESTUDO PSICANALÍTICO SOBRE O MODO PARTICULAR DE ESTAR NA LINGUAGEM

    R$ 58,00

    Sob a perspectiva da psicanálise, buscamos realizar nessa obra uma investigação teórica dos fenômenos de linguagem nos autistas a partir de autores que ofereceram contribuições importantes nesse campo, visando extrair propostas que possam ajudar no trabalho de inclusão escolar desses sujeitos.

    Observa-se que o número de crianças com diagnóstico de autismo matriculados no ensino regular tem aumentado consideravelmente nos últimos anos e que muitos apresentam sérias dificuldades de comunicação. Argumentamos que, se a educação pode produzir efeitos positivos e promover o desenvolvimento da linguagem em alguns casos de autismo, em outros, a imposição ou a exigência radical em relação à fala pode ser muito angustiante ou mesmo devastadora e levar os autistas a um fechamento ainda maior.

    A psicanálise, amparada na especificidade do saber inconsciente e na relação singular que cada sujeito estabelece com a linguagem, permite que se possa abordar as dificuldades dessas crianças a partir de suas particularidades e do respeito a seus limites.

    Jacques Lacan nos dá uma indicação preciosa quando insiste, não sobre o mutismo, mas sobre a vertente “verbosa” dos autistas apontando que, se esses sujeitos não falam, não é por incapacidade, mas por uma recusa radical em utilizar sua voz. O fenômeno das “frases espontâneas”, já observado por vários clínicos e sempre experimentado como algo enigmático, vem corroborar de maneira inequívoca esse fato.

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    SCILICET TODO MUNDO É LOUCO

    R$ 70,00

    PREFÁCIO

    “Todo mundo é louco” – esta proposição de Lacan deu seu título ao XIV Congresso da Associação Mundial de Psicanálise. Ela ressoa, antes de tudo, com a reivindicação igualitária que domina o mundo contemporâneo. Impelida às suas consequências, ela implica excluir toda noção de normalidade, assim como condena qualquer relação assimétrica entre aquele que se ocupa do tratamento e o paciente.

    É verdade que a clínica de Lacan, na última parte do seu ensino, de- mole em seus fundamentos a referência ao normal, à saúde mental. Este aforismo, Todo mundo é louco, ou seja, delirante, surgiu uma só e única vez na escrita de Lacan, em um texto publicado na revista Ornicar? que temos o prazer de oferecer aqui para sua leitura. Jacques-Alain Miller alçou esse aforismo à categoria de princípio de uma clínica que afirma a inadequação radical entre o real e o mental.

    Essa segunda clínica de Lacan amplia o conceito de sintoma, herdado de Freud, ao incluir nele, de forma essencial, esses restos sintomáticos que subsistem no final da análise e que conduziram Freud a levar em conta uma parte ineliminável do sintoma. Por essa razão, Lacan chamou de o sinthoma, na antiga ortografia restituída por ele – s.i.n.t.h.o.m.a -, aquilo que é propriamente o nome do incurável. Com efeito, o sinthoma nomeia o que não mudará, aquilo do qual nunca seremos curados, pois é precisamente isso o que fundamenta nossa existência, vale dizer, aquilo em que nos sus- tentamos na vida, nosso modo de gozar radicalmente singular.

    Em certo sentido, Lacan antecipou, portanto, as consequências da ideologia contemporânea do igualitarismo universal, as quais tomam a forma de uma despatologização generalizada. Hoje, de fato, é a própria clínica que, no seu conjunto, é posta em questão, sempre suspeita de promover categorias segregativas.

    Quer isto dizer que a psicanálise é um fenômeno de civilização em perfeita sintonia com o movimento do mundo?

    Não. Em oposição aos preconceitos ideológicos atuais que desconceitualizam a clínica e tendem a apostar na vontade dos sujeitos, em meio à negação do inconsciente, a despatologização lacaniana não apaga ases truturas clínicas e, pelo contrário, ressalta as arestas do modo de gozo. Aqui, a clínica não é visada por si mesma, mas serve de instrumento para orientar-se na interpretação pelo princípio do método analítico,

    As contribuições reunidas neste volume, frutos de uma elaboração sustentada em um pequeno grupo que Lacan chamou de cartel, examinam, um a um, uma a uma, a um só tempo, os fundamentos conceituais e as consequências na prática e na clínica da proposição a ser estudada. Sob a coordenação de Gustavo Stiglitz, vinte e três cartéis, cento e doze psicanalistas, sete responsáveis de edição, para além das línguas e dos países, trabalharam nos textos preparatórios para o XIV Congresso da AMP, dirigido por Gil Caroz e Ligia Gorini.

    À sua maneira, esses textos demonstram que se a psicanálise resiste ao movimento da civilização aqui evocado, é em nome da prática analítica que de fato existe e cuja oferta merece durar por muito tempo. Sim, a psicanálise é uma práxis que, muito além do seu valor terapêutico, vale como causa de um desejo inédito.

    Christiane Alberti

    Presidente da AMP