EDITORIAL
Gustavo Menezes (EBP/AMP)
Mônica Hage (EBP/AMP)
Silêncio na EBP. Política da juventude. Ataques à psicanálise. A nova equipe editorial da Correio Express, instigada pelas últimas discussões sobre o futuro da Escola de Lacan e sobre a imersão da psicanálise no mundo, propõe, para este número, a questão: Por que fazer parte de uma Escola de Psicanálise, hoje?
A pergunta ‘o que é um psicanalista?’ faz par com uma outra: ‘o que é uma Escola de Psicanálise?’ Qual é a sua relação com o saber? Em torno desse vazio, Lacan propôs uma lógica para a formação dos analistas. Desde então, há um esforço para que essas perguntas não se respondam a partir de dogmas e de efeitos identitários de massa. Importante lembrar que, para Lacan, construir uma Escola consistiria, também, em construir um lugar de “refúgio”, uma “base de operação” contra o mal-estar na civilização. Como entender, como interpretar esse refúgio hoje? O que levaria os analistas das futuras gerações a continuarem com a aposta de que a Escola permanece como lugar para salvaguardar o discurso analítico diante das ameaças que, desde Freud, sempre estiveram presentes? Quais são as garantias que a Escola pode oferecer hoje? O que conta no momento de entrada como membro da Escola? E quanto àqueles que não se tornam membros, mas que constituem o entorno e contribuem com a psicanálise?






