EDITORIAL
Por Cleyton Andrade
O incêndio marcado para o 07 de Setembro de 2021, não passou de labaredas esparsas. Mas as chamas de onde elas partiram continuam queimando não só árvores, florestas, direitos, economia, saúde, democracia. Elas queimam carne, palavras e memórias. O corpo do indígena, do negro, do subalterno, que este regime de gozo ainda insiste em medir por arrobas. O incêndio não passou. Ele ainda se faz presente na fumaça do projétil de arma de fogo, expelida pelo zero dois em um clube de tiros com inúmeras insígnias nazistas, nome de cão em homenagem a tanque de guerra alemão, com a exposição obscena de um lema codificado com o número 1488, onde, no “88” se lê, via homofonia, a saudação “HH” que me recuso a reproduzir.






