Background Image
Table of Contents Table of Contents
Previous Page  356-357 / 536 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 356-357 / 536 Next Page
Page Background

O CORPO FALANTE

X Congresso da AMP,

Rio de Janeiro 2016

357

356

consiste em colocar sintoma e fantasia dentro do mesmo parêntese e obter com

isso a definição de (

sinthoma

= sintoma + fantasia). Sob esse novo ângulo, sob

essa nova perspectiva, a diferença entre as dimensões clínicas do sintoma e da

fantasia se desvanece.”

p. 98

IV /c. Inconsciente

Brodsky, Graciela. Dizer não. In: Opção Lacaniana online nova serie

Nº1, ano 1, 2010.

http://www.opcaolacaniana.com.br/pdf/numero_1/

dizer_nao.pdf

“(…) A expressão “fazer parte” condensa muito bem o miolo do que está em

jogo entre a identificação e a segregação. O desejo de fazer parte, de inserção,

que leva o sujeito a se inscrever como significante no campo do Outro

(alienação), é necessariamente seguido pela separação, que não é separação do

Outro, mas do gozo, é a extração que se opera no corpo dessa parte de gozo com

a qual o sujeito jogará daí em diante sua partida sem querer saber nada disso

(separação). Os fenômenos de identificação e segregação adquirem então uma

dimensão diferente, menos sociológica e mais psicanalítica se forem considerados

em função das estratégias – que vão do amor ao ódio – que cada sujeito usa para

se virar com esse resto de gozo segregado do corpo e separado do Outro.”

Brousse, M. Hèléne. Morte e ressurreição da histérica. In: Correio

Nº71. Revista Brasileira de Psicanálise, São Paulo, 2012

“(…) Como o analista, a histérica só tem o inconsciente para consistir. É o

ponto em comum entre os dois discursos. Mas a diferença entre a histérica e

o analista “a histérica e eu”, escreve Lacan, é que o inconsciente da histérica

é sustentado pelo amor por seu pai, quando, após uma análise, o significante

mestre desvela seu laço não com o pai, mas com o modo de gozo determinado

pelo objeto.”

p. 58

Cervellati, Carmen Silvia. Uma leitura sobre a Transferência no

Seminário 11. In: Carta de São Paulo, São Paulo Nº1, Ano 9, 2012

“(…) Freud formulou o inconsciente a partir de suas formações (sonhos,

atos falhos, chistes e sintoma). Nelas, ao modo do tropeço, nada se esclarece

propriamente, pois na transferência analítica, seu surgimento convoca o sujeito

a secretar sentido a partir do que emerge da hiância, da fenda aberta no instante

mesmo para no instante seguinte fechar. Por isso, a interpretação aponta ao

equívoco, demonstrando a razão do inconsciente como pura pulsação, e convoca

o analisante a produzir o sentido naquilo que falta sentido. Isso nos remete

ao Prefácio à edição inglesa do Seminário 11 (1976) onde Lacan diz que é

somente quando o “espaço de um lapso já não tem mais impacto de sentido (ou

interpretação), só então temos certeza de estar no inconsciente”. As formações

brotam da fenda, da falha do inconsciente, possibilitam o sentido, mas aí não se

está mais no inconsciente. Não podemos dizer que Freud teorizou o inconsciente

desta maneira; Lacan sim lhe deu o estatuto de real.”

p. 55

Dias Batista, Maria do Carmo, Simbólico derramado. In: Correio

Nº63. Escola Brasileira de Psicanálise, São Paulo, 2009

“(…) Contudo, em Leite Derramado, novo livro de Chico Buarque, o

Simbólico – este mesmo com S maiúsculo – de Freud e de Lacan, do recordar,

repetir, elaborar; e da linguagem como condição para o inconsciente, se derrama

e nos coloca diante de um desaparecimento que a escrita procura cingir:

Se não

fossem meus tremores e câimbras nas mãos, eu preencheria de meu próprio punho,

com caligrafia miúda, um caderno para cada dia vivido ao lado de minha mulher.”

p. 67

Laurent, Eric. Apresentação do Seminário. Falar com seu corpo-

escabelo. In: Rádio Lacan (transcrição pela equipe reunida por

Didier Mathey. 2015. Site do X Congresso da AMP. O corpo falante:

Sobre o Inconsciente no Século XXI. 2015. tradução de Teresinha N.

Meirelles do Prado

“(…) A crença no corpo, no escabelo de antes da esfera, é também um

desconhecimento – e esse é um esclarecimento decisivo que Jacques-Alain Miller

nos traz em sua conferência para nos permitir decifrar essa passagem que vamos

ler. Miller a liga ao fato de que ela “se funda no ‘eu não penso’ inicial do falasser.

O que é esse ‘eu não penso? ’, se pergunta Jacques-Alain Miller: “É a negação

do inconsciente pelo qual o falasser se acredita senhor de seu ser”. (…) que

faz com que, ao se apoiar em uma recusa primária do tecido dos equívocos do

inconsciente e, apoiando-se a acreditando em seu escabelo, o falasser se esqueça

para se encontrar, para se pensar mestre de si mesmo, senhor de seu corpo.”

p. 13

“Esse esclarecimento é decisivo porque ele liga o narcisismo da crença no ídolo

corporal com a adoração do corpo como superfície de inscrição do

trouma

e

uma recusa do “falar sem saber”, para continuar a crer-se mestre de seu ser. (p.

13) É desse modo, e por essa crença, que se desconhece o fato de que “Falo com

o meu corpo, e isto sem saber. Digo, portanto, sempre mais do que sei” [12]. É

um ponto insuportável.”

p. 14

Outros autore