O AVESSO DA BIOPOLÍTICA: UMA ESCRITA PARA O GOZO

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SUMÁRIO

 

  1. INTRODUÇÃO. Entre vazio e imagens

As imagens do corpo ao zênite

O corpo e seu vazio

Ter um corpo, (não) ser em parte alguma

O autorretrato impossível

 

  1. O CORPO ENTRE VAZIO E EXCESSO

O momento “Radiofonia”

Topologia do ser que fala

O efeito de superfície e o fora-do-corpo

A sepultura como escrita

Forma lógica do excesso de gozo

 

  1. O QUE FAZ SINTOMA PARA UM CORPO

Sintoma histérico, sintoma de mulher

Do sintoma histérico ao sinthoma

O sintoma como acontecimento de corpo

O corpo que uom tem

A mulher sintoma

Lógicas do acontecimento de corpo

A consistência do “fazer sintoma”

 

  1. O GOZO DO CORPO SUSTENTA O SINTOMA

Crer nisso: no sintoma, em uma mulher

Retorno lacaniano às identificações freudianas

Gozo do sintoma que se tem

Nomes e nomeação

Do sinthoma como suplência

 

  1. DA SUBLIMAÇÃO COMO GOZO

A sublimação e o esquecimento do ser de gozo

O escabelo: do forçamento à manipulação

O corpo desconhecido: entre imagem e furo

O Outro no corpo

 

  1. UMA LÓGICA DE SACOS E DE CORDAS

O significante muito perto da escrita

A escrita apoio e a escrita impressão

A reta suporte

A corda e o furo

Uma nova metonímia: a cadeia de enquadramentos

Um novo lapso

 

  1. GOZAR A CORPO PERDIDO

Sublimação e perversão

O corpo e sua perda

Destacamento do corpo e masoquismo

O corpo sem imagem e a escrita como “fazer” primeiro

As diz-mensões e o conjunto vazio

O erro de escrita do nó em Joyce

Saber do corpo, saber do inconsciente

A consistência do ego que corrige

 

  1. JOYCE E A PRAGMÁTICA DO SANTO HOMEM

Joyce como artista e como santo

O santo e sua castração

A via da farsa

O destacamento do corpo e o discurso do mestre

O escabelo e o inconsciente

O jetodarte de Joyce e o pai

O corpo de uom e a história

Joyce trans Lacan pós-joyceano

 

  1. O IMPOSSÍVEL RETRATO DO ARTISTA

Rembrandt: os autorretratos e o impossível de ver

Rothko: o corpo da abstração

Gehry: o en-fôrma do objeto

 

  1. CLÍNICA E PRAGMÁTICA DO CORPO FALANTE

O sinthoma e a supervisão

Os tipos clínicos na época do falasser

A declaração de igualdade das consistências

O passe e o falasser

Castração e escabelastração

 

  1. O FALASSER POLÍTICO

Por que o inconsciente político

A era digital e a escuta absoluta

O sintoma acontecimento

Segurança e liberdade

Um grito silencioso em marcha

Acontecimento de corpo, avesso da biopolítica

 

  1. CONCLUSÃO. ESCREVER O CORPO-GOZO

Falar em apoio

A escrita: um “fazer”, não um “dizer”

Falar a língua do corpo é fazer rezonar

  1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

AGRADECIMENTOS

Em estoque

A biopolítica submete o corpo a golpes de imagens e de slogans, mas este sempre escapa às identificações prontas para revesti-lo. O gozo o transborda, o surpreende, o “traumatiza”, e a psicanálise o acolhe pelo que fala desse encontro traumático. Na experiência de uma análise, parte-se do sintoma que faz sofrer, buscando-se reduzi-lo por meio de seu sentido, de sua história, de sua lógica, a fim de que possa escrever-se de outro modo e produzir efeitos de criação, não necessariamente artísticos. Trata-se, sobretudo, de conceber uma língua apta para alojar o gozo que incide no corpo falante.

Despidos não apenas os devaneios do hedonismo, como também os impasses do conformismo e a sua permanente sombra de segregação, resta ao sujeito suportar o corpo que tem e, apoiando-se na escrita de seu sintoma, fazer valer a sua presença entre os discursos estabelecidos, sobrelevando o ser, os sortilégios à espreita e as derradeiras seduções paternas.

Éric Laurent percorre o último ensino de Jacques Lacan e se vale do horizonte indicado por Jacques-Alain Miller acerca do empenho lacaniano em substituir o inconsciente freudiano por um novo termo, o parlêtre ou falasser, a fim de dar corpo ao que se revela no avesso da biopolítica.

Peso 435 g
Dimensões 230 × 160 × 15 mm