Ecos de Miami

 

Alícia Arenas

Editorial

Alícia Arenas

A Comissão Organizadora do Miami Symposium 2013 agradece a cada um dos participantes que fizeram o possível com sua presença e trabalho, e que souberam transformar este encontro em um verdadeiro “Festival” de intercâmbio epistêmico e humano, tal como escreveu Pierre-Gilles Gueguen em recente resenha em Lacan Cotidiano 329.

 

Colegas de dezenove países incorporaram-se ativamente ao evento contribuindo com sua singularidade clínica transformada em saber exposto. Temos que sublinhar o grande número de participantes e textos recebidos, a quem agradecemos especialmente. A presença de todos eles – na qual se destacou o número de argentinos e americanos – foi mostra de um grande compromisso com a psicanálise. Logo abaixo pode ser visto o gráfico que indica a participação de cada um dos países. [leia +]

 

 

Flory KrugerFlory Kruger

A dupla qualificação que nos propõe o título da mesa coloca uma interrogação: se as mulheres lacanianas são as mulheres de hoje ou se, ao contrário, as mulheres de hoje não seriam idênticas às mulheres lacanianas. Se esse título marcasse uma diferença seria necessário acrescentar uma terceira: as mulheres freudianas porque, sem dúvida, as mulheres freudianas não são iguais às mulheres lacanianas, e talvez tampouco sejam como as mulheres de hoje.


Porque aponto essa diferença? Vocês sabem muito bem que para Freud, a mulher se realiza como tal, quando consegue ser mãe. Freud ordenou o destino sexual a partir do Complexo de Édipo, é assim que a mulher consegue completar-se quando consegue a famosa equivalência simbólica: filho = falo e assim se torna mãe. [leia +]

 

 

Jorge ForbesJorge Forbes

O que Lacan sabia das mulheres? É a pergunta, em título, do Colóquio de Miami, em junho de 2013.

 

Nós todos conhecemos a resposta, Lacan a deu inúmeras vezes nos últimos anos de seu ensino. Ele a sintetizou em quatro palavras.


Lacan sabia das mulheres que: A MULHER NÃO EXISTE.

 

O que está condensado nessa oração aforismática é uma radical revolução no laço social, pois aponta a uma mudança de paradigma com implicações fundamentais na clínica e na vida em geral da pós-modernidade. É a isso que vou me dedicar a analisar nesse breve artigo

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Marie-Hélène BrousseMarie-Hélène Brousse

Como abordar o tema dessa conferência? Eu hesitei muito tempo, dividida: pelos discursos, sempre submetidos à significantes mestres, pela teoria analítica, seus debates e seus progressos, pela Época e as tendências que ela manifesta...?

 

Nada disso me era conveniente. Eu já havia tratado de tudo isso em intervenções anteriores. Havia no tema desse Simpósio de Miami, tema cuja escolha eu havia contribuído, algo que me obrigava a ultrapassar essas aproximações, algo que não me satisfazia.

 

Joan Copjeck, ontem a tarde, utilizando o método da análise dos discursos, mostrou em sua conferência porque o discurso feminista havia rejeitado e ainda rejeita hoje a psicanálise: Esse discurso recusa aquilo que ela chamou de “a promiscuidade do sexo”. [leia +]

 

 

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