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Homenagem a Judith Miller
Elisa Alvarenga

 
   

Encontrei Judith Miller pela primeira vez quando, na I Jornada do Colégio Franco-Brasileiro de Paris, fui designada a me encarregar das inscrições. Eu não a conhecia e, quando chegou, cobrei dela a inscrição, que pagou sem hesitar. Era assim Judith, sempre doando o máximo de si e convocando cada um a dar o seu melhor ao Campo Freudiano, nos diversos grupos e redes que animava.

Nas reuniões do Colégio ela era das últimas a sair, levando os remanescentes às suas casas, depois de festejar. Para Judith, o trabalho era indissociável da alegria.

Cada vez que íamos a Paris ela não deixava de nos fornir com livros e revistas para as bibliotecas das Seções e Delegações da EBP. Em Belo Horizonte, quando vinha para Encontros Nacionais ou o Americano, Judith se interessava pelos mínimos detalhes, desde o tema até o equilíbrio entre as receitas e despesas, passando pela distribuição de cartazes e folders. Além de querer conhecer e visitar os diversos serviços em que a psicanálise de orientação lacaniana se fazia presente, desde os Centros Socioeducativos para adolescentes infratores, até os grupos do TyA, CEREDA e CIEN.

Incansável, atenta, espirituosa e alegre, a presença inesquecível de Judith permanece entre nós com o seu legado: um desejo decidido de levar a psicanálise e transmiti-la a todos que queiram por ela se responsabilizar e ensinando a aprender algo novo, a cada vez.



 
   
   
   
 
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